Momento frio e moroso da noite de inverno
o vento frio e moroso chora nas trincheiras
soldados feridos outros mortos nas beiras
fosso sem fim paragem indistinta do inferno
Amanhã talvez seja outro dias de estilhaços
exércitos que se confrontam e jamais vencem
empatam no ponto zero e na guerra adormecem
noite em noite nos espectros dos antebraços
Momento que se foi suficiente à memória humana
para dar valor à paz simplesmente por sua natureza
pois não há outro animal de tal ódio que se esgana
Mas ainda hoje não brindamos à virtuose das vidas
sem obliterar a fome e as fronteiras de fogo e pedras
Vemos em nosso jardim do sul novas gentes e almas deprimidas.
* Amadeu Garrido de Paula, é advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados
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