Nicolás Maduro mantém fronteiras fechadas e rejeita ajuda humanitária

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Tensão aumenta nas fronteiras colombianas, com confrontos entre manifestantes venezuelanos e militares do governo chavista

Da Redação – A crise política e humanitária da Venezuela se agravou neste fim de-semana, após o ditador Nicolás Maduro ter ordenado o fechamento da fronteira do país com o Brasil, na última quinta-feira (21).

A atitude é uma tentativa do governo chavista de impedir a entrada de ajuda humanitária, promovida pelo Brasil, Colômbia e Estados Unidos, e coordenada pela oposição venezuelana. Nicolás Maduro interpreta que a ajuda humanitária é uma tentativa de intervenção internacional no regime bolivariano.

Neste sábado (23), dois caminhões partiram de Boa Vista carregados com alimentos e medicação, em direção à Venezuela. Na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, houve confronto entre militares de Maduro e manifestantes que forçaram a entrada no país partindo do lado colombiano.

No dia anterior, o presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, chegou a fronteira da Venezuela com a Colômbia e participou de show beneficente em prol da ajuda humanitária para a população de seu país.

Ele foi recebido pelos presidentes da Colômbia, Ivan Duque, do Chile, Sebastian Piñera, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez. O Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, também estiveram no evento.

“Acompanhando esse primeiro carregamento de ajuda humanitária que vem de Boa Vista, composto de contribuições dos Estados Unidos e do Brasil. E na expectativa de que se permita o ingresso disso na Venezuela, se permita a distribuição. Que seja apenas o começo do processo”, espera o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo. 

Juan Guaidó marcou para este sábado o dia “D” para a ajuda humanitária internacional cruzar as fronteiras da Venezuela.

O Brasil estocou em Roraima cerca de 200 toneladas de insumos para serem enviados ao país vizinho. O governo brasileiro afirma que o transporte da carga será de responsabilidade da oposição venezuelana e nenhuma ação será tomada pelo Brasil no sentido de interferir no território ou na soberania da Venezuela.

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