Da Redação – O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Edmir Chedid (DEM), declarou nesta segunda-feira (28) apoio à campanha da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) instituída com a finalidade de prevenir a gravidez precoce. A iniciativa também visa engajar, fortalecer e sensibilizar a atuação dos pediatras e hebiatras na prevenção da gravidez precoce.
De acordo com o parlamentar, a campanha se antecipa ao início da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que terá início no dia 1º de fevereiro. A data foi instituída após o presidente Jair Bolsonaro sancionar a Lei 13.798, que acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) um artigo sobre o assunto. “Toda a sociedade deve participar e divulgar”, complementou.
Por meio do site Prevenção da Gravidez na Adolescência, a SBP apresentará aos médicos e à sociedade dados estatísticos, alertas sobre os riscos da gravidez precoce e os detalhes da Lei que instituiu a semana nacional dedicada ao tema. “Também serão distribuídos cards pelas redes sociais e e-mail marketing aos mais de 23 mil associados da Sociedade Brasileira de Pediatria”, disse Edmir Chedid.
Estarão disponíveis ainda dois documentos científicos destinados aos pediatras e hebiatras: o “Guia Prático Prevenção da Gravidez na Adolescência” e o “Manual de Orientação de Consulta do Adolescente: Abordagem Clínica, Orientações Éticas e Legais como Instrumentos ao Pediatra”, ambos de autoria do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Panorama
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), na América Latina e no Caribe, a taxa de gravidez entre adolescentes é a segunda mais alta do mundo, ficando atrás somente da África Subsaariana. Anualmente, ocorrem em média 66 nascimentos para cada mil meninas com idade entre 15 e 19 anos, enquanto o índice mundial é de 46 nascimentos.
Segundo o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivo (Sinasc), do Ministério da Saúde, o percentual de gravidez na adolescência caiu 17% no Brasil em 2015. A redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 anos e 19 anos de idade em 2004 para 546.529 em 2015. No entanto, apesar dos avanços, o número é considerado grande, representando 18% do total de nascidos vivos no país.
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