Da Redação – Os integrantes da Subcomissão Regional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos da Região do Grande ABC (P2R2) se reuniram, nesta segunda-feira (12), no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, e receberam o Major Fábio Paganotto e o Sargento Ednaldo dos Anjos, da Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo, que vieram apresentar o trabalho da corporação em acidentes nas estradas, ou mesmo em congestionamentos provocados por acidentes, atropelamentos e até mesmo em acidentes com veículos que transportam cargas perigosas.
O Major Paganotto elogiou o trabalho desenvolvido pelo Sargento Ednaldo, palestrante da Corporação, que apresentou o trabalho da Polícia Rodoviária e as estatísticas operacionais; as leis que regem a corporação; os protocolos de atendimentos, a fiscalização, a segurança, o monitoramento e a resposta aos diversos acidentes na malha rodoviária do Estado. Ednaldo chamou a atenção para o elevado número de vítimas nos acidentes rodoviários. Segundo ele, a situação é tão dramática que a ONU instituiu a década de 2011 a 2020 como sendo a “Década de ações para redução de acidentes de trânsito”. E deixou um alerta: “Ou a gente muda de atitude, ou vamos virar estatística”.
Paganotto chamou a atenção para seu trabalho de doutorado, que abordou a integração entre os vários entes envolvidos nas questões de atendimento às emergências nas rodovias. Segundo ele, há um ruído de comunicação no momento de montar um comitê de gestão de crise. Ele defende que é preciso respeitar a especialidade de todos, para o bom êxito no gerenciamento de uma situação de crise. O Major se colocou à disposição do Consórcio ABC para participar de novo encontro do P2R2. E prometeu se empenhar para garantir vagas para que representantes do Consórcio participem do treinamento da Polícia Militar sobre esta temática.
O professor Ronaldo Figueira, que integra a Defesa Civil Municipal de São Paulo, elogiou o trabalho da PM e disse que ele será aproveitado no projeto que a Câmara Temática Metropolitana está elaborando. Segundo Ronaldo, a ideia é agregar conhecimentos e boas práticas. “Não é preciso reinventar a roda, mas sim gerenciar egos, para agilizar o trabalho de equipe. Cada qual contribuindo com seu conhecimento prático em sua área de atuação”, disse. O professor entende que atualmente o foco da gestão de riscos está na resposta na ação, o que pondera não ser suficiente. Ronaldo acredita que a falta desta articulação só trouxe prejuízos.
O executivo Dilermando Nogueira, do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) Capuava, disse em sua participação que há 4 estágios – 1) conhecer os riscos; 2) identificar capacidades (gaps), ou lacunas e apontar o que falta para se conseguir o resultado esperado; 3) recuperação do local; 4) análise crítica (avaliação do processo). Nogueira lançou convite às defesas civis para conhecerem o processo que o PAM Capuava está desenvolvendo para criação dos Nupdecs do Polo Petroquímico do ABC. Será feito um simulado com o envolvimento das empresas e a comunidade visando a percepção do risco e a preservação da vida.
Para Nogueira, é preciso socializar o papel de cada um; elaborar planejamento de atuação em situação de risco, e, no processo da gestão, criar protocolos e modelos de ações solidificando o resultado. “É preciso disseminar informações sobre percepção de riscos, autoproteção para ações seguras e eficientes. E ao fim do processo avaliar cada intervenção buscando as falhas que não devem se repetir”, destacou.
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