Da Redação – O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PSB, Márcio França, voltou neste domingo (21) à comunidade de Heliópolis, onde esteve no primeiro turno, reafirmando seu compromisso em resolver a questão da moradia popular em São Paulo. A meta é oferecer 100 mil unidades, com propostas definidas para a capital, grande São Paulo e interior.
“Em um governo com credibilidade, que fale a verdade, teremos chances de ter mais recursos. Eu acredito nisso e vamos construir apartamentos na capital e lotes urbanizados, no interior”.
No centro da capital, os prédios antigos que estão abandonados serão transformados pela iniciativa privada em moradia popular. O governo vai comprar os apartamentos já reformados e pagar o mesmo valor que a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) paga, em torno de R$ 120 mil.
“Dá para fazer 10 mil unidades por ano destes apartamentos para que as pessoas possam morar no centro e, assim, a região volte a ser habitada. A primeira grande tarefa é tirar as famílias dos prédios ocupados, um risco para vida de todos. Eu assisti aquele prédio caindo com crianças dentro, aquilo não sai da minha memória, eu não me conformo”, disse Márcio, se referindo ao desabamento do prédio após incêndio no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, em 1º de maio deste ano.
Para os prédios da CDHU com seis ou sete andares, o objetivo é instalar elevadores com sistema de placas fotovoltaicas, utilizadas para converter a energia solar em energia elétrica. A sobra de energia será convertida em bônus pela Eletropaulo, o que significa economia para os moradores. No interior, a proposta é fazer lotes urbanizados e oferecer condições para que as próprias famílias construam sua moradia. “Fizemos as contas, o governo entrega o lote prontinho, com 125m², depois dá um cartão para cada família com um crédito de R$ 8 mil para a compra de material de construção. Dá para fazer 10 vezes mais do que é feito hoje, e nós vamos fazer”.
Falsas promessas
Durante a visita à comunidade de Heliópolis, França ouviu das pessoas que seu adversário, o candidato do PSDB, João Dória, esteve no local em fevereiro de 2017, antes de abandonar a prefeitura, e prometeu construir moradia popular, o que até hoje não se concretizou.
“O Doria prometeu construir no terreno aqui ao lado apartamentos para estas pessoas carentes, iria entregar não só apartamentos como também geladeira e fogão, todo mundo ficou contente, mas ele nunca mais voltou”, afirmou França. “Eu assumi o compromisso com essas pessoas e vou fazer um prédio do CDHU aqui. Este terreno é da Petrobrás, que deve para o estado, então nós vamos sentar para conversar, fazer uma parceria para ter o terreno e, com isso, diminuímos a dívida que a empresa tem com o estado. Assim vai dar para fazer os apartamentos”, garantiu o novo governador de São Paulo.
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