Fala, Cidadão
O brasileiro foi adjetivado como homem cordial, mas, na profundeza dessa expressão, nosso grande sociólogo pretendeu dizer ingênuo. É induzido a erros fatais a todo momento, originários de estrangeiros ou de conterrâneos.
É de pasmar – e dissolver a onda – a matéria publicada no jornal “A Folha de S. Paulo” de hoje, relativa às concertações ímprobas do Sr. Paulo Guedes – o posto Ipiranga de Bolsonaro – dono de uma rede educacional, com petistas à testa de Fundos de Pensão, severamente dilapidados.
A reportagem faz alusão aos ganhos ilícitos do Sr. Paulo Guedes, em elevados montantes, segundo apurações do Ministério Público Federal. Ainda que ainda perfunctórias, essas investigações devem ser conduzidas ao máximo, inclusive com oferecimento de denúncia, antes do segundo turno, para que os brasileiros conheçam minimamente a realidade em que vivem, ilusória por todos os lados, sobrevivendo esquálidos na caverna platônica.
Confirmados os fatos, os óbices éticos impedem o voto em qualquer dos candidatos, por mais que os neguem e se penitenciem qual o segundo da cruz. Não podemos levá-los ao paraíso. Somente uma abstenção massiva nas eleições deste mês poderiam provocar a convocação de novas eleições ou uma opção parlamentarista.
Isto seria errado – mudar as regras do jogo – mas mais triste é ter de escolher entre dois bandos de sicários, que em seu passado revelaram nenhum respeito às pobres finanças do povo brasileiro. Como isso será impossível, preparemo-nos para sorver, por tempo indeterminado, o vinagre no Calvário.
Amadeu Garrido de Paula (São Paulo)
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