Da Redação – O candidato ao governo do estado pelo PSB, Márcio França, enfatizou no debate promovido pelas empresas de comunicação Folha de S.Paulo, Uol e SBT nesta quarta-feira (19) seu compromisso com a melhoria da segurança pública nos municípios paulistas. “É possível combater o crime com a polícia sendo atuante, forte, não permitindo que os detentos fiquem dentro dos presídios mandando em pessoas lá fora. Para isso, vamos investir pesado em tecnologia, com scanners e vigilância permanente”, explicou.
Para França, o programa de Alistamento Civil Voluntário é a chance de, em médio prazo, sufocar organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital). “Em vez de ficar enxugando gelo combatendo as ações desses grupos apenas, eu vou estrangulá-los retirando a mão de obra que os mantém”, disse. Pelo projeto idealizado pelo governador, que já está em prática no estado e deve ser estendido a partir do ano que vem, cerca de 50 mil rapazes e moças entre 16 e 18 anos de 330 municípios de São Paulo recebem uma bolsa-auxílio de R$ 500 e se comprometem a fazer cursos técnicos e a trabalhar em ações públicas nas cidades, como serviços administrativos e conservação de praças, por exemplo.
Mas o candidato também pensa em reduzir a violência com ações imediatas. “É possível combater o crime com a polícia sendo atuante e valorizada. A tarefa não é fácil, mas é preciso fazê-la.” Recentemente, ele reabriu 66 delegacias que ficavam fechadas à noite por considerar que o crime não tem hora para acontecer e para aumentar a sensação de segurança da população.
França também explicou sua proposta de separar as polícias do estado em duas secretarias – hoje ambas são da pasta de Segurança Pública. “A Polícia Civil é judiciária. Eu proponho que ela fique, então, na Secretaria de Justiça, algo parecido com o que é feito com a Polícia Federal, que hoje tem bastante prestígio porque está com orçamento separado e tem bem mais recursos para desempenhar sua função”, afirmou.
O novo governador acredita que com dois orçamentos distintos as polícias Civil e Militar terão desempenhos melhores. “Temos 130 mil agentes atualmente no estado, admiro e respeito muito todos eles, mas sei que podem ir além em suas tarefas.”
Durante o debate, ele ainda prometeu manter os restaurantes Bom Prato abertos nos fins de semana, garantir aos alunos do ensino médio a possibilidade de fazer um curso técnico durante o período e, depois, se quiserem, optar por uma formação universitária, por meio de ensino a distância pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
Por fim, França se mostrou solidário com as dificuldades dos paulistanos, que passam horas em seus veículos ou nos serviços públicos de transporte para se deslocar de casa ao trabalho ou vice-versa. O candidato aproveitou para destacar uma proposta de sua autoria enviada ao Legislativo para minimizar os transtornos à população.
“Falar todo mundo fala, quero ver é fazer. Fiz uma proposta e mandei para a Assembleia (Legislativa). Cada vez que o trem parar na CPTM, as pessoas terão indenização de 20 reais. O serviço público tem que ser bom se for público ou privado, mas não é justo que o serviço tenha sido comprado e não tenha qualidade”.
O novo governador de São Paulo lembrou ainda que irá inaugurar mais seis linhas do metrô ainda neste governo. “Nossa tarefa é conseguir ampliar esses serviços e melhorá-los. Os problemas daqui de São Paulo serão todos resolvidos com trabalho, dedicação e experiência”, finalizou.
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