Da Redação – A partir deste sábado, 4 de agosto de 2018, a exposição “Inteligência Artificial” estará em cartaz no Salão Expositivo do Paço Municipal de Santo André. A mostra traz uma seleção de trabalhos que integraram a terceira edição do projeto “Cuiabá 153 e Portões que Falam”, realizada nos dias 28 e 29 de abril.
Com curadoria e idealização da artista plástica Sueli de Moraes, o evento apresentou obras de mais de 70 artistas e foi promovido em parceria com o “Fenêtre qui Parlent” (janelas que falam), realizado em Lille, na França. A abertura da exposição terá a participação especial da Banda Moral e Bons Costumes.
Arte acessível – Desde que foi criado, o projeto “Cuiabá 153 e Portões que Falam” foca em atividades totalmente gratuitas. Para reforçar o seu papel de ampliar o acesso à arte, a exposição “Inteligência Artificial” disponibilizará o serviço de autodescrição para algumas obras, permitindo, assim, que pessoas com deficiência visual tenham a oportunidade de conhecer melhor os trabalhos expostos. Esta iniciativa pioneira na nossa região recebeu o apoio da TradSound e da Escola de Tradutores.
Das ruas da cidade de Santo André para o museu – Os trabalhos da mostra “Inteligência Artificial” vão permitir ao público o contato direto com a criatividade e versatilidade dos artistas plásticos do Grande ABC. São produções únicas concebidas a partir de um tema em comum e com uso dos mais variados elementos. A exposição ainda traz fotografias dos portões em que as obras foram criadas.
Rua Cuiabá, 153 – o endereço da arte – A localidade andreense que dá nome ao projeto cultural já virou referência em Artes Visuais no Grande ABC. Isto porque desde 2009, uma residência especial, localizada justamente na rua Cuiabá 153, vem acolhendo a arte de uma maneira muito singular.
A moradora, a artista plástica Sueli de Moraes, abriu sua casa para abrigar uma nova safra de talentos da região que demandava espaço para expor seus trabalhos.
“Alguns artistas recém-formados queriam ‘ocupar’ uma casa. Eu ofereci a minha residência como suporte de arte de todos os tipos e tamanhos. Retiramos todos os móveis da parte térrea e a residência ganhou ‘ares’ de galeria. Foi um evento de um dia aberto à visitação pública”, relembra Sueli.
Nascia ali a primeira edição do projeto batizado como “Cuiabá 153” que cresceu rapidamente e ganhou desdobramentos. A edição realizada em 2011 com a participação de mais artistas, os quais receberam e cumpriram o desafio do conceito “site specific”.
A proposta era pensar um trabalho para a residência de quatro mulheres, sem descaracterizar a casa, ou seja, permanecer com todos os móveis.
Intercâmbio Santo André e França – O projeto “Cuiabá 153” chegou ao conhecimento dos organizadores do “Le Fenêtres qui Parlent” (Janelas que Falam), um evento francês de arte que ocupa por 30 dias as janelas das casas da cidade de Lille.
Em 2013, Sueli de Moraes recebeu um convite para trazer o evento para o Brasil. Em comum acordo, o nome da versão brasileira foi anunciado como “Cuiabá 153 e Portões que Falam”, condizendo com a realidade das residências da cidade de Santo André.
Com a mudança, a edição de 2014 do evento cresceu e ocupou toda a rua, com os artistas convidados interagiram artisticamente nos portões das casas. Em 2016, a mostra teve os indígenas como tema central.
Inteligência Artificial – Expandindo-se para ruas adjacentes à rua Cuiabá, a edição 2018 foi norteada pelo o tema “Inteligência Artificial”. A mostra pública também incorporou mais atividades, principalmente destinadas às crianças, com contadores de histórias, marionetes, trocas de livros e oficinas.
Serviço – Exposição “Inteligência Artificial” Curadoria: “Cuiabá 153 e Portões que Falam”, com abertura 4 de agosto de 2018 (sábado) – a partir das 14h. Visitação: de 4 de agosto a 14 de setembro de 2018, no Salão Expositivo do Paço Municipal de Santo André (Praça IV Centenário, s/n – Paço Municipal – Santo André – SP)
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