Cai número de jovens que cumprem medidas socioeducativas em SBC

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Da Redação – A Fundação Criança de São Bernardo, por meio do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), registrou no primeiro semestre de 2018 uma redução de 28% no número de adolescentes encaminhados por meio do poder judicial para cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto – em liberdade assistida ou prestação de serviços à comunidade –, em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre do ano, foram 108 encaminhamentos, contra 150 computados nos seis primeiros anos de 2017. Na comparação com 2016, a diminuição foi de 36,84%.

A redução dos encaminhamentos reflete a efetividade da metodologia desenvolvida pelo Case, que é o serviço de proteção social especial vinculado à autarquia municipal. O programa é centrado em atendimentos grupais, sempre pautado na lógica da ação e da reflexão, sendo considerado uma referência de sucesso para outras cidades do País.

“O trabalho realizado aqui é muito importante e mostra com uma sinergia positiva que é plenamente possível trazer esses jovens, que por algum motivo se evolveram no mundo do crime e da violência, de volta à sociedade de bem”, destacou o prefeito Orlando Morando, em visita à unidade da Fundação Criança onde funciona o Case, localizada na Rua Marechal Deodoro, 1.058, na região central.

Composto por uma equipe multidisciplinar, o Case usa metodologia amplamente reconhecida, voltada aos atendimentos grupais, com eixos temático-reflexivos e atividades lúdico-pedagógicas, possibilitando um novo começo aos adolescentes. Nas medidas de prestação de serviços à comunidade e de liberdade assistida, os jovens recebem acompanhamentos e desenvolvem diversas atividades que oferecem possibilidade de expressão e reflexão sobre as ações do passado – como pintura em grupo, artes plásticas, grafite e outros –, estabelecendo uma política de diálogo contínuo entre os assistidos e os educadores sociais.

De acordo com a coordenadora de Programa Social do Case, Maria Lúcia de Lucena, são muitos os fatores que contribuem para os bons resultados. “A acolhida dos adolescentes e famílias, através de ações de aproximação para o estabelecimento de vínculos, ultrapassam a execução da medida socioeducativa em seus aspectos legais, motivando estes jovens a apresentarem 75% de comparecimento nos atendimentos realizados ao longo do processo”, destacou. De acordo com a coordenadora, aspectos como a celeridade processual do poder judiciário no acompanhamento da execução de medidas em meio aberto também contribuíram para a redução.

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