* Camila Ferrini – A queda abrupta nas temperaturas afeta também os pets, que, além de sofrerem com o desconforto causado pelo frio, podem desenvolver também sérios problemas de saúde. Para cuidar melhor de seu pet no inverno, confira as dicas da veterinária Djeniffer Navroski e da farmacêutica Sandra Schuster, da docg., primeira empresa de vendas diretas de produtos para pets.
1 – Vacinação – Estar com a vacinação em dia é fundamental para a saúde dos animais e isto inclui a vacina contra a “gripe dos cães” ou traqueobronquite infecciosa (Tosse dos Canis), doença cujo risco aumenta no inverno devido ao clima mais frio e à consequente queda na imunidade. Já nos gatos a prevenção contra a rinotraqueíte é feita na vacina tríplice, quádrupla ou quíntupla, que também deve ser administrada anualmente. Mas a veterinária alerta: “caso o animal esteja apresentando qualquer sintoma de gripe ou rinotraqueíte precisa ser tratado antes de ser vacinado”. Tosse seca, secreções nasais, espirros e a impressão de que cão está engasgado são sinais de gripe nos cães. Nos gatos, atenção a espirros, secreção nasal e febre.
A Tosse dos Canis pode ser causada, ainda, por diversos agentes infecciosos, entre eles a bordetella bronchiseptica, que acomete também os humanos. Mais um motivo para investir na prevenção.
2 – Banho – A temperatura da água e do ambiente deve ser adequada ao clima. Em casa ou no pet shop, a água deve ser morna e o ambiente aquecido. Para que o pet não sofra com a mudança brusca de temperatura, ao sair do pet shop, o tutor deve vesti-lo com uma roupa e cobri-lo com um cobertor ou manta, preferencialmente.
Com o frio é normal que a pele dos animais resseque com mais facilidade, por isso é importante estar atento à fórmula do shampoo e condicionador. “Desenvolvemos produtos específicos para o tipo de pelagem dos pets e as fórmulas são livres de parabenos e óleos minerais, ajudando a manter a pele e a pelagem mais hidratadas. Além disso, todos os shampoos contêm um ativo neutralizador de odores, que faz com que o banho ‘dure mais tempo’, ajudando a reduzir a frequência das lavagens”, comenta Sandra Schuster. Outra alternativa criada pela marca é o banho seco. Nas versões em pó ou spray, é uma opção para manter o pet limpo reduzindo o número de banhos úmidos.
Durante o inverno também é importante que o tutor opte por tosas mais altas para ajudar a proteger o pet. A tosa higiênica deve ser mantida, pois auxilia na higiene e evita que os pelos das patas fiquem úmidos por muito tempo.
3 – Hidratação – Com temperaturas mais baixas, os animais tendem a ingerir menos água, o que pode prejudicar a saúde, principalmente dos gatos, que têm maior tendência a problemas renais. É importante estimular o consumo de água distribuindo mais potes pela casa e fazendo uso de fontes, que mantêm a água em movimento. Ofertar alimentos úmidos, como sachês e alimentos em pasta de alta qualidade, também auxilia a suprir parte da necessidade de líquidos.
A pele das patas dos animais também sofre bastante com as temperaturas baixas, principalmente nos dias de geada. Para reduzir os efeitos do frio, os cães podem usar sapatinhos quando saem para o passeio, mas são poucos os animais que se acostumam com o acessório. O ideal é evitar os horários mais frios e também usar um hidratante. “A docg. criou um creme para patas com D-pantenol e glicerídeos de soja, que hidrata profundamente a pele dos pets. Ele também está sendo muito utilizado nos focinhos, que igualmente sofrem com as baixas temperaturas”, revela a farmacêutica.
4 – Roupas – Roupas não servem apenas para embelezar os animais, elas ajudam a manter o calor dos pets, principalmente dos animais com pelo curto ou que não possuem subpelo. “É importante tirar a roupa do pet e escovar os pelos todos os dias para que não embolem e causem desconforto ou, até mesmo, a proliferação de fungos”, alerta Djeniffer. “O ideal é trocar a roupa a cada dois dias, para evitar o acúmulo de sujeira e umidade”, complementa.
5 – Atividade física – Assim como os humanos, os animais tendem a ficar menos ativos nos dias mais frios. Porém, os tutores devem manter o nível de atividade física dos animais, pois os exercícios evitam o ganho de peso e auxiliam na termorregulação (controle da temperatura corporal).
6 – Caminhas e casinhas – Camas e cobertores ajudam a manter o pet aquecido no período de descanso. Há várias opções de camas, inclusive forradas com pelos, que ajudam a aquecer ainda mais o animal. Gatos também gostam muito de tocas, portanto avalie a possibilidade de comprar uma cama no formato iglu. Utilizar tapetes ou cobertores embaixo da caminha ou camas elevadas também é indicado. Outro cuidado é em relação a mudanças bruscas na temperatura. Se o pet estiver dentro de casa, num ambiente aquecido, não deve sair diretamente para a parte externa. Além disso, aquecedores só devem ser usados junto com umidificadores de ar e os animais não devem ficar muito próximos dos equipamentos, para evitar acidentes.
Para os animais que ficam no jardim, o ideal é que a casinha fique numa área coberta. As fabricadas com proteção térmica e portas ajudam a evitar a entrada de vento e amenizam o frio. Dentro das casinhas é recomendado o uso de caminhas e cobertores. Mas é fundamental cuidar da higiene do ambiente e acessórios e trocar sempre que estiverem úmidos.
Com essas dicas seu pet estará pronto para enfrentar a estação mais fria do ano. (Mais informações: www.docg.com.br
* Camila Ferrini L. Ferreira, 36 anos, tem formação superior em Gestão Ambiental e de Tecnóloga em Veterinária, além de simpatizante da causa animal. Apaixonada pela vida, busca os mais diversos tipos de voluntariado, principalmente nas áreas animal e infantil
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