Orlando Morando inicia a entrega de escrituras na Vila São Pedro

Texto: Kati Dias – Fotos: Omar Matsumoto/PMSBC

Da Redação – Depois de quase 17 anos de espera, a cuidadora Maria Aparecida de Almeida, enfim, recebeu a escritura de sua casa, na rua São Raimundo, na Vila Mariana, das mãos do prefeito Orlando Morando, na manhã deste sábado (21/04). Não foi só Maria Aparecida que recebeu o presente mais precioso de sua vida ao completar 54 anos no dia de hoje; mais 491 famílias do bairro também têm muito que comemorar, já que a tão sonhada regularização fundiária da Vila São Pedro deixou de ser promessa e está se tornando realidade.

Organizado pela Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Habitação, o ato contou com o titular da Pasta, João Abukater, além dos demais secretários municipais, vereadores, autoridades e dos moradores do bairro.

“O brasileiro gosta de ter sua vida regularizada. A escritura é mais do que um documento é uma certidão de propriedade. É muito bom estar aqui cumprindo mais um compromisso assumido por esta gestão. Lembro-me de que conheci a Vila São Pedro em formação. Estive aqui muitas vezes como vereador e deputado. Quantos ciclos passou esse bairro: a luta para manter as suas casas, para ter água, luz, esgoto, iluminação pública e asfalto. Depois de ter conquistado infraestrutura, era preciso avançar. Priorizamos a Vila São Pedro, pois o bairro não está assentado em área de Manancial. Estou muito feliz por colaborar com a história desse bairro”, afirmou o prefeito Orlando Morando.

A ação, que faz parte do Programa “A Casa é Minha”, tem o objetivo de regularizar a situação dos imóveis na cidade, culminando com a entrega de escrituras. O processo está sendo coordenado pela Secretaria da Habitação. Após a regularização na Vila Mariana, os moradores da Vila Boa Vista/Santana também receberão o registro de propriedade no segundo semestre de 2018. A Secretaria dará prosseguimento ao trabalho nos imóveis da Vila São Pedro. Morando fez questão de ressaltar que a ação teve custo zero para a população. “A Prefeitura está investindo cerca de R$ 1,5 mil por residência em recursos próprios para regularizar os imóveis”, complementou o chefe do Executivo.

A aposentada Miriam Ferreira Rocha, de 66 anos, não escondeu a emoção ao também receber o título das mãos de Morando. “São 28 anos de espera. Ouvimos tantas promessas, cheguei a pensar que esse dia nunca chegaria. Agora eu sou dona da minha casa, de verdade”, afirmou.

Mais do que realizar o sonho de inúmeras famílias, o secretário de Habitação, João Abukater, explicou o motivo de a regularização ser uma ação positiva para a cidade. “Quando uma casa está irregular, o valor dela é periférico porque a pessoa não tem a garantia de posse. Não pode passar como herança para o filho e só consegue vender por um valor bem abaixo de mercado. O imóvel acaba se tornando um passivo, não um ativo. Regularizar a moradia é mais do que realizar o sonho de uma família. É também injetar recursos na economia da cidade. Com o documento oficial, o valor do imóvel aumenta, além de a pessoa poder buscar financiamento para fazer melhorias em sua casa”, explicou.