Arthur Zanetti diz que meta era a classificação olímpica por equipe: “e foi o que veio”

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Da Redação – O ginasta Arthur Zanetti, campeão olímpico, mundial e pan-americano nas argolas, desembarcou em São Paulo nesta quarta-feira (4/11/2015), vindo de Londres e trazendo a classificação inédita de uma equipe masculina completa de ginástica artística para a Olimpíada do Rio, em 2016.

O Brasil assegurou vaga com o sétimo lugar da qualificação e terminou o Mundial de Glasgow, na Escócia, em oitavo lugar na final por equipes (259.577). “Voltei sim satisfeito”, afirmou o ginasta. Arthur terá apenas dois dias para ficar com a família e resolver questões pessoais antes de retornar ao treino ainda está semana (na sexta, dia 6/11/2015).

“Voltei satisfeito. Há dois anos – e isso está em todas as nossas declarações – batemos na mesma tecla, a de que o nosso objetivo era a classificação olímpica por equipe. E é o que veio”, disse Arthur, garantindo que não está preocupado com o fato de não ter ido à final nas argolas. “Foi uma lição e sei que vou aprender com isso. Mas foi pontual. A diferença entre as notas foi pequena, todas muito próximas, e o objetivo era a equipe mesmo. A gente sabia que o meu solo e o meu salto poderiam ajudar a equipe e trabalhamos nisso, não deixando de fazer argolas. Me dediquei também ao solo e salto, pensando sempre na equipe.”

Arthur Zanetti preferiu não dar um palpite sobre como será formada a equipe olímpica. “Não faço a mínima ideia porque a vaga é do Brasil. Pelo menos, a vaga está garantida. Agora é ver o objetivo que será traçado para a ginástica artística masculina. Nós conseguimos, mas agora vamos precisar ver o que os técnicos vão pensar, se vão dar prioridade aos generalistas, se vão querer especialistas na composição do time. Eles ainda não tiveram tempo de analisar e não passaram nada para a gente. Agora é brigar para estar dentro dessa equipe para ir para os Jogos Olímpicos.” E Arthur já definiu o seu objetivo pessoal. “É trabalhar para estar dentro!”, garantiu. Disse que nas argolas terá de fazer algo diferente. “Mas ainda não sei o quê.”

Arthur foi recebido pelos pais, Archimedes e Roseane Nabarrete Zanetti, e pela avó Neide, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e chegou sem uma de suas malas. Foi grande a mudança de vôos e de rotas de todos os integrantes da seleção brasileira em função do mau tempo no Reino Unido.

Arthur voou diretamente de Londres e chegou em São Paulo acompanhado do técnico Marcos Goto. Francisco Barreto e Lucas Bitencourt chegaram no mesmo horário, mas vindos de Paris. Outro grupo de ginastas teve de fazer uma rota por Nova York. “O tempo estava bom, mas ficou ruim bem no dia da nossa volta. Foi complicado. Atrasou o voo, perdemos o avião, vários ginastas mudaram de companhia, malas ficaram ou foram para outros lugares, mas… estamos aqui. Graças a Deus chegamos e agora é curtir a família. A mala ficou, mas roupa tenho em casa.”

Com o atraso na volta o ginasta somará vários dias parados, além de uma dieta inadequada. Mesmo assim, disputa o Brasileiro pelo seu clube, a SERC/Agith, de São Caetano do Sul, de 17 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG). “O jeito vai ser simplificar um pouco as séries. Voltar na dieta para competir o Brasileiro e representar bem São Caetano. Vou fazer solo, salto e argolas, mas sem estar na melhor forma.”

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