Da Redação – É sabido que o estilo de vida das pessoas tem influenciado no aumento da prevalência de algumas doenças em toda a população. Mas, o que muita gente não sabe é que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ainda é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a principal causa de incapacidade no mundo. O popular “derrame” é um evento vascular em que as artérias que levam sangue ao cérebro têm seu fluxo sanguíneo interrompido ou sofrem uma lesão, sendo classificado de duas maneiras:
Hemorrágico: quando a artéria, por algum motivo, é lesionada e transborda sangue.
Isquêmico: quando a artéria é obstruída e não há mais passagem de sangue.
Dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares apontam que 70% das pessoas não retornam ao trabalho após serem acometidos pela doença devido às sequelas e 50% ficam dependentes de outras pessoas.
Protocolo de atendimento – Por se tratar de uma emergência neurológica, o atendimento rápido e adequado é importante para garantir o menor prejuízo da saúde cerebral evitando ou minimizando assim as sequelas. Para isso, o Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, em São Bernardo do Campo, possui protocolo de atendimento emergencial e especializado ao paciente com suspeita de AVC.
Ao chegar ao pronto-socorro, havendo alguma queixa que se enquadre na possibilidade de AVC, a enfermeira aciona o protocolo e o paciente é atendido imediatamente pelo médico emergencista, que realiza exames para um correto diagnóstico, além de uma avaliação interdisciplinar com um neurologista, para a definição do quadro e tipo de AVC.
Nos casos em que o diagnóstico do AVC é isquêmico, os pacientes que possuem indicações precisas e sem nenhuma contraindicação passam por um procedimento medicamentoso aplicado diretamente na veia, que é chamado de trombólise.
A trombólise tem o objetivo de tentar remover a obstrução da artéria cerebral causadora do problema. No entanto, para que a trombólise seja efetiva, a Dra. Tatiane Pan, neurologista do Hospital Assunção, explica que o procedimento precisa ser feito até 4 horas e meia depois do início dos sintomas. “Após esse tempo, o procedimento é contraindicado. Por isso, é imprescindível que a população seja conscientizada quanto à necessidade de procurar atendimento médico urgente e em ambiente capacitado”, orienta.
Nos casos em que o paciente é diagnosticado com AVC hemorrágico, é necessário que haja internação hospitalar e avaliação do neurocirurgião que dará seguimento aos cuidados clínicos e cirúrgicos, quando assim for necessário. No caso de hemorragia cerebral, a trombólise é contraindicada.
O Dr. Alfredo Carlos Coletti, diretor médico do Hospital Assunção, explica que esse protocolo traz a excelência ao hospital, que é um dos poucos capacitados a realizar esse tipo de atendimento à população. Destaca ainda a alta complexidade e ótima estrutura, que efetivamente salva vidas. “Poucos são os hospitais que hoje oferecem esse atendimento especializado que dão maiores chances de recuperação máxima ao paciente vítima de AVC Isquêmico”, explica.
Desde novembro do ano passado os pacientes do Hospital Assunção são atendidos por meio do protocolo de trombólise. Desde então, a unidade já recebeu quatro casos em que a trombólise foi indicada. Todos os pacientes receberam alta com importante melhoria de seus déficits neurológicos, sendo dois sem nenhuma sequela.
Sintomas – Os sintomas da doença podem ser bastante variados e se manifestam de acordo com a localização do AVC no cérebro, sendo os mais comuns a perda de força de um lado do corpo; perda de sensibilidade também de um lado e de algum campo da visão; confusão mental, entre outros.
A Dra. Tatiane Pan explica que é comum em todos os pacientes que os sintomas sejam súbitos. “A recomendação médica é procurar um pronto-socorro especializado no atendimento neurológico de urgência o mais rápido possível para melhor avaliação e conduta médica. Havendo dificuldade de locomoção com segurança é importante contar com o serviço do SAMU”, orienta.
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