Da Redação – O secretário da Segurança Pública paulista, Mágino Alves Barbosa Filho, recebeu, na manhã desta segunda-feira (22), o secretário da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) de Rondônia, coronel Lioberto Ubirajara Caetano de Souza. A visita, realizada no gabinete da SSP e no Departamento de Inteligência (Dipol) da Polícia Civil, serviu para apresentar os sistemas de Inquérito Policial Eletrônico (IP-e) e Gestor de Laudos (GDL).
Os secretários assinaram dois protocolos de intenção, visando compartilhamento de informações relativas à implantação desses sistemas nas unidades policiais rondonienses. “Nenhum Estado está distante dos problemas dos demais. Todos são interligados”, afirmou Mágino Alves. “Só conseguimos combater efetivamente a criminalidade, se tivermos um olhar global em relação a isso”.
Durante a reunião, os titulares da Segurança Pública trocaram informações sobre ocorrências, situações e particularidades sobre as forças policiais de cada Estado. Com os protocolos assinados, o fluxo de compartilhamento de dados se tornará mais efetivo. “Esses sistemas vão ajudar muito em Rondônia, pois permitirão um melhor e mais rápido atendimento à população. Os parâmetros estruturados das ferramentas fazem com que o processo ande com uma velocidade maior, o que trará mais agilidade para nossos policiais”, explicou o coronel.
Em SP, o GDL está em funcionamento nos núcleos dos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC). O sistema é integrado por meio eletrônico ao sistema de Registro Digital de Ocorrências (RDO) das delegacias. Dessa forma, assim que o laudo é finalizado, os agentes recebem uma cópia digital e podem prosseguir com as apurações. Desde a implantação, cerca de um milhão de laudos por ano já foram expedidos virtualmente.
Já o IP-e está em expansão desde outubro do ano passado, em conjunto com o Judiciário e o Ministério Público. O Inquérito Eletrônico, assim como o GDL, é um sistema digital que permite o envio dos IPs diretamente aos fóruns e comarcas relacionados. A medida também ajuda na economia de materiais e dá agilidade ao trâmite processual, uma vez que o delegado remete o inquérito virtualmente a um juiz. Dessa forma, os policiais ganham tempo e podem se dedicar a outras investigações.
Atualmente o sistema está presente em quase mil unidades policiais em todo Estado. O Inquérito Policial Eletrônico é interligado ao Sistema de Automação de Justiça (SAJ), utilizado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e em fase de implantação nos fóruns de Rondônia. “As polícias judiciárias dos dois Estados ganham muito com essa integração, principalmente os departamentos de inteligência, que vivem da troca de informações”, ressaltou o diretor do Dipol, Luis Storni. “Nosso trabalho é fornecer todos os subsídios para uma investigação célere e acertada. Com ajuda desses sistemas, nossos irmãos de Rondônia também poderão agilizar seus processos”.
Participaram ainda da reunião o secretário adjunto da Segurança paulista, Sérgio Turra Sobrane, o gerente do projeto do IP-e, Luiz Fernando Ortiz, o coordenador de TI responsável pelo GDL, Sérgio Linares, e a assessora do escritório de projetos estratégicos da SSP, Joyce Correa.
Detecta – Durante a visita, Mágino Alves apresentou o sistema Detecta de monitoramento inteligente. Lioberto Caetano viu, em tempo real, como funciona os alarmes inteligentes que mostram quando carro roubado passa por alguma câmera OCR e alerta as viaturas próximas ao local.
Implantado pelo Governo de São Paulo em 2014, o Detecta é o maior big data da América Latina, que integra bancos de dados das polícias paulistas. No sistema, estão conectados dados do RDO, Instituto de Identificação (IIRGD), Sistema Operacional da PM, Sistema de Fotos Criminais (Fotocrim) e dados do Departamento de Trânsito (Detran).
Desde a instalação, o sistema possibilitou a prisão de 6.231 pessoas em flagrante, a interceptação de 4.512 veículos e a apreensão de 420 armas de fogo, em todo o Estado de São Paulo. Somente na Capital, com o uso da ferramenta, as polícias prenderam 4.205 pessoas em flagrante, interceptaram 3.120 veículos e apreenderam 283 armas de fogo. “SP é referência não apenas para o Brasil, mas para América Latina. Sem dúvida, todos ganhamos com essa integração”, finalizou o coronel.
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