Da Redação – O projeto Mãos que Acolhem Bichos, desde o último mês está empenhado em uma história bem diferente, com amor, mas que enfrenta muitas barreiras. Há anos, embaixo do viaduto do Glicério, São Paulo, João Batista, mais conhecido como JB, ministrava aulas de boxe, além de desenvolver e disseminar a prática do esporte, lá também foi seu lar, precário, mas que reinava a melhor das intenções para ensinar de pessoas e de seus animais.
Junto com ele, cinco cães compartilhavam cada canto, por incrível que pareça, por ser realizada a prática de um esporte agressivo, os cinco cães de JB se tornaram dóceis, mas completamente adaptados aquele lugar. De repente, começaram as surpresas que a vida reserva para muitas pessoas, JB foi diagnosticado com câncer no ano de 2016, e travou uma luta para vencer. Aquele que por muitos anos ensinou a lutar iniciava um desafio com um dos maiores adversários da vida.
Nos seus últimos meses de vida, o quadro se complicou, a força do professor de boxe sumiu até mesmo para levantar, uma tarefa impossível. Por ser conhecido por viver e proporcionar novas experiências para outros, foi encontrando suporte de familiares, amigos e até de desconhecidos, porém o seu ciclo foi encerrado, e os “peludos” ficaram sem seu companheiro.
“Fomos surpreendidos por um pedido inesperado, a Denise, tia da Rafaela, filha de JB, por conhecer o projeto Mãos que Acolhem Bichos nos procurou pedindo ajuda, desde alimentação para os cães e também orientação para mantê-los bem cuidados. Imediatamente me desloquei para ver a situação real e junto com os apoiadores da causa iniciamos a campanha que já dura quase 1 mês. Através de um caridade da Dra. Lilian piéri de Almeida – Clinica Latmia e Cia, Médica Veterinária da Clínica Latmia, que não nos cobrou nada pelas consultas, vacinamos todos. Houve a necessidade apenas de tirarmos um dos cães do espaço por ele estar com problemas de pele, e necessitar de cuidados e acompanhamento constante, hoje ele está com a ONG Vira Lata Amigo. O desespero maior era saber que o responsável pelo espaço retiraria os equipamentos, e devolveria o espaço para a prefeitura, porém não havia uma preocupação em encontrar um novo lar para os cães”, destaca Elis Pedro, da Mãos que acolhem bichos.
E as protetoras acabram conseguindo realizar o intuito. “Foi então que nós do Mãos que Acolhem nos deparamos com mais um braço de amor, conseguimos o Zoo Lógica, em Piedade/SP onde os outros 4 cães estão. Nossa prioridade é encontrar novos tutores que estejam disponíveis e sejam pacientes para viver o amor de um cão, a tarefa não é fácil, mas acreditamos muito que há uma nova família para cada um deles”, declara Elis Pedro. Para mais informações de como contribuir ou adotar os animais, acesse: http://facebook.com/maosqueacolhembichos
Sobre o projeto – Em 2016, após uma necessidade de ajudar 115 cães que estavam sob a responsabilidade de uma acumuladora em Embu Guaçu que havia falecido, profissionais liberais de áreas diversas apaixonados pelo mundo animal, e buscando contribuir para o bem da sociedade, se uniram para encontrar lares com tutores adaptados para viver esse novo universo, a recepção de um membro de patas. Hoje o projeto continua na ativa, com cães e gatos que são preparados para uma nova vida, para receberem e compartilhar amor e felicidades. O Mãos que Acolhem não é uma ONG, não possui abrigo, apenas desenvolve ações para contribuir para um mundo melhor entre humanos e pets.
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