Docente diz que caranguejos de manguezais de SP trazem alto grau de contaminação

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O Professor Marcelo Pinheiro, coordenador do Laboratório de Biologia da Conservação de Crustáceos e Ambientes Costeiros (CRUSTA), da UNESP IB/CLP, recebeu a reportagem da TV RECORD que o procurou para conhecimento sobre a contaminação do caranguejo-uçá e dos manguezais.

O pesquisador apresentou dados que já foram objetos de matéria em 2014, quando foi concluído o Projeto Uçá III, que teve como finalidade avaliar os níveis de contaminação por metais em seis áreas de manguezal do Estado de São Paulo, na região do Litoral Centro (São Vicente, Cubatão, Bertioga) e Litoral Sul (Peruíbe – Juréia, Iguape e Cananéia).

Além da quantificação de metais na água, sedimento, folha das árvores (alimento do caranguejo-uçá) e tecidos do caranguejo (brânquias, hepatopâncreas e musculatura), os exemplares desta espécie foram submetidos a testes sanguíneos (micronúcleo, vermelho neutro, entre outros), que confirmaram o maior grau de contaminação dos manguezais do Litoral Centro, quando confrontados aos do Litoral Sul.

Segundo o professor, é importante destacar que é no sul onde encontramos, por exemplo manguezais prístinos em Cananéia e Juréia, por conta da Área de Proteção Ambiental (APA-CIP) e Estação Ecológica (ESEC), respectivamente.

O docente destaca os malefícios do consumo de caranguejos oriundos de manguezais do Litoral Centro, pois existe a possiblidade de causarem problemas graves de saúde, como neoplasias (câncer), entre outras doenças crônicas. No entanto, o consumo de animais em restaurantes da Baixada Santista é seguro, pois provêm de capturas realizadas em Cananéia, onde a qualidade ambiental está assegurada.

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