Diadema encerra campanha pelo fim da violência contra a mulher com exibição de documentário e debate

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Da Redação – Apesar do encerramento da campanha “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que começou no dia 20 de novembro e alcançou cerca de 1.500 mulheres de Diadema nos 10 eventos realizados para a população, o trabalho pelo fim da violência continua, já que é um assunto que ainda precisa ser muito discutido. “A maioria das mulheres só conhece o serviço quando precisam. Essa campanha proporcionou a conscientização dos riscos e dos diferentes tipos de violências que são cometidas contra a mulher”, alerta o coordenador do Serviço de Mediação de Conflitos, Reginaldo Bombini.

De acordo com o secretário de Defesa Social, Marcel Lacerda Soffner, a realização do evento foi um sucesso, pois mobilizou ainda mais a sociedade de Diadema. “Em 2018, faremos novamente a Campanha, além de outras ações de enfrentamento à violência contra a mulher”, disse o secretário. “ Ressalto que o Serviço de Mediação de Conflitos de Diadema oferece um grande suporte no combate à violência contra a mulher, pois muitos desses casos são solucionados”, conclui o secretário.

Durante o mês de novembro, quando se deu início a campanha, a Casa Beth Lobo atendeu 80 novos casos de mulheres que sofrem algum tipo de violência. Dentre eles, foram realizados 120 atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos, sendo 1 caso de abrigamento, quando a Casa encaminha a vitima para uma casa abrigo da região.

“Quando a mulher procura o serviço não é a primeira briga, geralmente elas nos procuram quando o caso já passou do limite”, adverte a assistente social responsável pela Casa Beth Lobo, Luciene Souza. Ela conta também que, de acordo com os depoimentos, a maioria das mulheres têm receio de não ser levada a sério e vergonha do que os familiares vão pensar.

No caso da auxiliar de enfermagem Elena Marques, a família teve um papel muito importante na hora de tomar a decisão de denunciar o ex-marido. “Eles perceberam que eu estava diferente e que vivia com medo de tudo”, conta Elena, que decidiu denunciar o marido depois de sofrer a primeira agressão física.

“Ele queria controlar a minha vida. Começou com agressões verbais que para mim pareciam normais em uma briga. A partir do momento que eu sofri agressão física, eu percebi que não era normal”, relata Elena, que hoje se considera recuperada do trauma e aconselha mulheres a não terem medo de denunciar estes casos. “Precisamos nos amar primeiro, para depois amar outra pessoa” finaliza.

Serviço – Casa Beth Lobo (Rua das Turmalinas, 35 – Centro – Tel.: 4043-0737/4043-1918)
Delegacia da Defesa da Mulher (Rua Santa Rita de Cássia, 42 – Centro – Tel.: 4043-2856
Disque Denúncia Anônimo e Gratuito do Centro de Atendimento da Mulher – Ligue: 180

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