Da Redação – Durante evento promovido pela Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), na sede da BDO, em São Paulo, na última segunda-feira (11), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, destacou a necessidade de ampliar investimentos para a garantia do progresso econômico do país e traçou expectativas até 2022. O executivo demonstrou preocupação em relação à baixa demanda por crédito e abordou a necessidade de garantir a competitividade para as micro e médias empresas como forma de gerar renda e crescimento ao setor produtivo.
Na abertura, o presidente da ANER, Fábio Petrossi Gallo, ressaltou a importância e urgência do debate em meio ao cenário econômico vivido pelo país. “Este ano, que felizmente marca o fim de uma das mais longas e penosas recessões brasileiras, a taxa de investimento deve ficar abaixo de 16%. Trata-se de um percentual muito inferior aos registrados por algumas das mais dinâmicas economias do mundo. Mais investimento – de origem pública e privada – será fundamental para que o Brasil supere algumas de suas deficiências estruturais históricas, aumente sua produtividade e a competitividade diante de outras nações”.
A indústria da mídia vem passando por transformações, provocadas pela tecnologia, pela mudança nos hábitos de consumo de informação e pela digitalização da sociedade. “Para se manterem conectados às audiências, os editores de revistas, há anos, vêm investindo em plataformas digitais, na formação de um novo tipo de profissional, em novos canais de distribuição”, frisou o presidente da ANER.
Rabello destacou algumas ações que devem ser adotadas pelo BNDES para alcançar o objetivo prático desenvolvimentista. Ele prevê que os desembolsos anuais da instituição de fomento no período 2018-2022 sejam, em média, de R$ 120 bilhões. Para 2018, o executivo disse que a disponibilização de créditos chegará perto de R$ 100 bilhões. Ressaltou maior aproximação do banco com as empresas de todos os segmentos econômicos, com expansão do atendimento físico nos estados, o que chamou de BNDES “diretíssimo”.
Frisou, ainda, a necessidade de ampliar o risco para obtenção de maior retorno ao mercado, sempre destacando o alto controle e qualidade na administração dos recursos. O economista teceu críticas à carga tributária brasileira e ao custo da burocracia que gera insegurança ao setor produtivo. “Nunca se gastou tão pouco em aportes públicos como neste ano. Investir é primordial”, ressaltou.
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