Integrantes da bancada na Câmara assumem posições de destaque na nova Executiva do PSDB

Da Redação – O PSDB elegeu neste sábado (9) a sua nova Executiva Nacional durante convenção em Brasília. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu a presidência nacional da sigla. O tucano destacou a unidade partidária e ressaltou que o PSDB reúne todas as condições necessárias para conduzir as transformações que o país necessita. A bancada do partido na Câmara marcou presença no evento.

O governador goiano Marconi Perillo e o deputado Ricardo Tripoli (SP), líder do PSDB na Câmara, são os novos 1º e 2º vice-presidentes, respectivamente. Vários integrantes da bancada federal integram a nova Executiva. É o caso de Marcus Pestana (MG), eleito secretário-geral; Eduardo Cury (SP), 1º secretário; Silvio Torres (SP), tesoureiro; e João Gualberto (BA), tesoureiro-adjunto. São ainda vice-presidentes da legenda os senadores Paulo Bauer (SC), Flexa Ribeiro (PA), Aloysio Nunes Ferreira (SP), o governador do Paraná, Beto Richa, além de Shéridan (RR) e Carlos Sampaio (SP), que permanece na vice-presidência jurídica da legenda.

Da bancada tucana na Câmara ainda compõem a nova executiva os deputados Rogério Marinho (RN), Bruno Araújo (PE), Giuseppe Vecci (GO) e Geraldo Resende (MS). Cury comandou a primeira parte do evento, no começo da manhã. O evento reuniu militantes e delegados de todo o país e contou com a participação de governadores, prefeitos e das bancadas tucanas da Câmara e do Senado. Em discursos e entrevistas, diversos parlamentares e lideranças exaltaram a unidade e convergência do partido e seu papel central nas eleições de 2018, em contraponto às soluções radicais de esquerda e de direita.

Em seu discurso logo após a eleição, na qual a chapa única recebeu 470 votos favoráveis e apenas três contrários, Alckmin agradeceu a confiança dos tucanos e citou Fernando Henrique como exemplo na condução de transformações nacionais, sobretudo na economia. “O trabalho iniciado pelo nosso partido é uma obra inacabada. Temos hoje o compromisso com as reformas e os princípios que farão o Brasil crescer. Acreditamos em políticas públicas perenes, e não em bravatas”, ressaltou.

O tucano defendeu a redução do Estado e de privilégios, defendeu as reformas política, da Previdência e tributária e enalteceu a condução da reforma trabalhista, sob o comando de Rogério Marinho (RN). Alckmin lembrou do estabelecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no governo Fernando Henrique e ressaltou que, atuando com responsabilidade, será possível retomar os investimentos em hospitais, escolas e seguranças. O tucano ainda reafirmou a posição favorável do partido em relação as concessões e as Parcerias Público Privadas (PPPs), fundamentais na retomada dos empregos e da renda.

“Temos competência para unir o Brasil e devolvê-lo aos brasileiros. O Brasil vive uma ressaca, descobriu que a ilusão petista acabou em pesadelo, na maior crise econômica e ética do nosso país. Agora é hora de olhar para frente com união e esperança renovados”, afirmou o novo presidente, ao ressaltar que, a partir da convenção, o partido se renova e une para enfrentar nas urnas em 2018 um projeto de poder que já demonstrou frustrar as esperanças dos brasileiros. Para ele, no próximo ano, Lula terá a resposta do povo contra as atrocidades de seu governo e de seu partido.

“O PSDB reitera sua posição na aprovação de reformas necessárias ao pais. Temos coerência com nossa história e em nossas atitudes. Nunca nos furtamos de fornecer soluções para problemas que extrapolam nossas fronteiras. Nossas coragem e indignação juntas vão mudar o Brasil para a melhor”, concluiu.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso citou problemas graves que o Brasil enfrenta como o desemprego e a corrupção. “O povo está irritado e enojado com essa grande traição nacional. As pessoas querem emprego, saúde, educação, transporte e segurança. Chegou a hora de dar um basta. Precisamos de unidade, precisamos ouvir o povo, conhecer os sentimentos das pessoas, ter rumo e estratégia”, conclamou. “Nós temos valores e eles primam sobre as eleições. Se for para ganhar eleições e perder os valores, é melhor perder a eleição, mas nós não temos medo de eleição. Eu ganhei do Lula duas vezes e estamos prontos para o embate novamente”, completou.