Da Redação – O deputado estadual José Américo (PT) começou a colher assinaturas dos colegas parlamentares para a instalação de uma CPI do Rodoanel. Esta é a principal obra do governo tucano de Geraldo Alckmin e a mais cara: até agora custou R$ 26 bilhões aos cofres públicos. Além disso, é marcada por diversas denúncias de corrupção.
O trecho Norte, com 44 km, é o mais caro de todos: R$ 10 bilhões, valor que daria para construir uma Rodovia Imigrantes, que é obra modelo, complexa, e mais extensa que o trecho Norte do Rodoanel.
“Ele (o trecho norte) é o mais caro, com suspeita de superfaturamento nos contratos com as empreiteiras, alvo de investigação no Ministério Público. Fora as desapropriações, que custarão mais do que o dobro do previsto e também são objeto de investigação”, diz o deputado. “O objetivo desta CPI é investigar o desperdício de recursos públicos, decorrente do improviso, da incompetência e da falta de planejamento por parte da DERSA, bem como os eventuais desvios criminosos de milhões de reais durante a construção do Rodoanel Mário Covas”, afirma.
São objetos da investigação: as denúncias de corrupção nos trechos Sul e Leste do Rodoanel, citadas na delação do doleiro Adir Assad, atualmente preso pela Operação Lava Jato em Curitiba, no Paraná, e que afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para o diretor da DERSA, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, no período de 2007 a 2012, nos governos Serra e Alckmin; a existência, nos contratos do trecho Norte do Rodoanel, de um conjunto injustificável de aditivos que totalizaram até agora mais de R$ 500 milhões; e os enormes prejuízos causados às finanças do Estado pela ação das máfias que atuam ou atuaram nas desapropriações de terrenos atingidos pela obra.
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