Melvin Santhana lança Nascimento, primeiro videoclipe de seu projeto solo

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Da Redação – Melvin Santhana – um dos mais influentes artistas independentes de São Paulo da atualidade – convida a população para um pocket show especial de lançamento do videoclipe da música “Nascimento”, faixa de trabalho do disco “Abre Alas”. “Nascimento” relata problemas da urbanidade sob o ponto de vista de um homem afro-brasileiro

Dia 08 de dezembro, 21h00, Espaço Cultural Aparelha Luzia (importante ponto de encontro e resistência cultural localizado na Rua Apa) são respectivamente o dia, o horário e o local escolhidos para o lançamento do primeiro videoclipe de um dos artistas independentes mais influentes na cena cultural da cidade de São Paulo da atualidade: Melvin Santhana, que conta com a direção de Bruno Aranha e Wallace Andrade, da Entrenos Produções Audiovisuais.

Vocalista, guitarrista e experiente produtor musical, Melvin Santhana, que atualmente é um dos integrantes da Boogie Naipe (projeto solo do rapper Mano Brown recentemente indicado ao Grammy Latino 2017) tem em seu histórico parcerias de peso como: Jair Rodrigues, Tony Tornado, Sandra de Sá, Paula Lima, Wilson Simoninha, Negra Li, Luedji Luna, entre outros.

Melvin, que foi vocalista, guitarrista e produtor musical da banda Os Opalas, atuou também no teatro como músico, ator e compositor no espetáculo “Luz negra” (Cia. Pessoal do Faroeste), e como artista criador da peça/show “Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens”(Jé Oliveira / Coletivo Negro). É também quem assina a Direção Musical e Trilha Sonora (esta segunda em parceria com Manassés Nóbrega) da produção em dança “Rés” da Corpórea Companhia de Corpos.

No cinema, Melvin acaba de protagonizar a série de ficção AXOGUN, produção da Aurora Filmes em parceria com os diretores Edu Kishimoto e Manuel Moruzzi. É uma série de cinco episódios que apresenta a história dos irmãos Vitor e Clara, trazendo à tona quadros múltiplos da realidade do nosso país, dentre os quais racismo, desigualdade social, questão da moradia urbana e violência policial.

Dono de um forte discurso social e de relações de afeto em suas falas e cantos – sempre moldados pela harmonia de herança yorubá-nago na diáspora africana – Melvin prepara o lançamento de seu primeiro videoclipe e convida o público para uma noite especial!

Com a exibição do videoclipe da música Nascimento – primeira faixa de seu aguardado disco solo intitulado “Abre Alas” – seguido de um pocket show, Melvin apresenta pílulas deste trabalho que reflete sobre temas importantes a partir do olhar de pessoas periféricas e afro-brasileiras.

Uma pequena amostra de seu trabalho autoral, criado a partir das mais potentes influências de matriz africana, além de outras referências musicais acumuladas ao longo de seus 20 anos de carreira.

“Minha música é som de preto que se preza, mas que possui algumas particularidades curiosas que levam a pensar/sentir dançando e isso fará com que os corpos/corações/mentes/almas do público sejam impactados por uma experiência sensorial única”, detalha o cantor com entusiasmo.

A faixa “Nascimento” é uma crônica a respeito da rotina de alguém que se desloca cotidianamente pelos extremos da cidade de São Paulo e faz um entendimento do que é essa ponte, visualizando todas as problemáticas da urbanidade, partindo da perspectiva do ponto de vista de um cidadão afro-brasileiro.

Longe de qualquer lamento, vitimismo ou fragilidade, “Nascimento” é um relato de alguém que atravessa os extremos e transita pela cidade enxergando suas nuances. A música foi pautada e construída a partir de dados e pesquisas sobre a falta de estrutura social do país, além de questões raciais, a marginalização de homens e mulheres afro-brasileiros.

“Nascimento é uma música que relata de fato a desestrutura social que afeta a comunidade afro-brasileira. As questões que eu percebo enquanto homem negro, enquanto artista negro, atravessando a cidade, visualizando e entendendo as problemáticas da urbanidade. É com esse olhar que perpassam pela faixa questões étnico-raciais, o racismo, o que é ser um cidadão afro-brasileiro e itinerante na cidade de São Paulo, e talvez no mundo. Nela, falo diretamente das pessoas periféricas, residentes das extremidades da cidade e pretas” – complementa Melvin.

Com previsão de lançamento para o primeiro bimestre de 2018, o disco “Abre Alas” traz em sua composição assuntos importantes intrínsecos e que são abordados em diferentes camadas. Questões étnico-raciais, ancestralidade e uma forte denúncia política. Denúncias de um sistema maior que corrompe a nossa sociedade, apontam para uma música de cunho afro-diaspórico, uma música afro-contemporânea.

Outro território explorado no disco é o da afetividade. A afetividade familiar, a relação entre os nossos pares, sempre com a perspectiva de um olhar afro-diaspórico, afro-transeunte.

Mas enquanto o disco completo não é lançado, vale a pena participar deste aquecimento com o lançamento do videoclipe e conhecer um pouco mais o trabalho potente de Melvin Santhana.

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