Da Redação – Após ter registrado um crescimento significativo nas oportunidades de trabalho em julho, o setor da construção civil voltou a se retrair nas cidades do ABCD paulista no mês de agosto. Os canteiros de obras da região chegaram ao final daquele mês com 76 trabalhadores a menos do que o mês anterior, somando ao todo 40736 profissionais.
Este total significa uma redução de 2517 vagas em relação ao estoque registrado no mesmo mês do ano passado, quando as sete cidades da região possuíam juntas 43253 funcionários nesta atividade.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
A diretora da Regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli, afirma que essa oscilação já era esperada uma vez que o segmento tem seu desempenho totalmente afetado por fatores macroeconômicos que, por sua vez também têm revelado um comportamento variável nos últimos meses. “Como dissemos no mês passado, quando os números foram bastante positivos, a própria oscilação já é um fator a ser comemorado uma vez que o setor havia passado por mais de 30 meses tendo apenas indicadores negativos. Consideramos os números de agosto completamente naturais dentro deste contexto e voltamos a ressaltar a necessidade das reformas e outras medidas que possam garantir o fortalecimento dos setores chave da macroeconomia. Só assim voltaremos a um ambiente seguro de aquecimento no setor”, diz.
Brasil – O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 0,07% em agosto em relação a julho. Com a contratação de 1.653 trabalhadores, o estoque de trabalhadores foi de 2,458 milhões para 2,460 milhões. As duas altas seguidas ajudaram a diminuir o resultado negativo dos últimos 12 meses (-9,46%). Na comparação com agosto de 2016, a redução chega a 12,25%.
Estado de São Paulo – Em agosto houve queda de 0,23% no emprego em relação ao mês anterior. O estoque de trabalhadores foi de 675,4 mil em julho para 673,9 mil em agosto (-1.531). Em 12 meses são menos 67.860 trabalhadores no setor (-9,15%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,68% (-4.545 mil vagas).
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