Pesquisador do MIT Media Lab conhece projetos desenvolvidos por alunos das escolas municipais

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Da Redação – Andrew Sliwinski, pesquisador do MIT Media Lab (Laboratório de Mídias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA), conheceu, nesta segunda-feira (09/10), as propostas desenvolvidas por cinco escolas de São Bernardo no uso do programa Scratch, linguagem de programação em blocos desenvolvida pelo MIT criado especialmente para crianças. Esta é a primeira vez que o desenvolvedor vem ao ABC e escolheu as escolas da cidade para saber como o programa é utilizado. O encontro ocorreu na EMEB José Luiz Jucá, no bairro Montanhão.

Diretor de Design e Engenharia do Scratch, Sliwinski foi apresentado às práticas desenvolvidas nas EMEBs Dr. Vicente Zammite Mammana, Profª Sylvia Marilena F. Zanetti, Profª Neusa Macellaro Callado Moraes, Profª Jandira Maria Casonato, José Luiz Jucá e EMEBE Rolando Ramaciotti. Durante o encontro, as professoras apresentaram os projetos desenvolvidos pelos próprios alunos e sugestões de melhorias para o software.

O Scratch é usado no laboratório de informática, integrado com as aulas. “Desenvolvemos trabalhos alinhados com o que está sendo ensinado na sala de aula. Por exemplo: o tema sustentabilidade está sendo abordado na aula de ciência, a partir disso, os alunos são convidados a desenvolver projetos envolvendo a programação e a construção de dispositivos mundo físico utilizando materiais recicláveis”, explicou a professora Ana Cláudia Gomes, responsável pelo laboratório de informática da EMEB José Luiz Jucá.

Considerado mais acessível que linguagens de programação textuais, o Scratch se utiliza de uma interface gráfica que permite a construção de programas com blocos encaixados, lembrando o brinquedo Lego. Com essa ferramenta, os alunos criam animações, histórias interativas e jogos no navegador. Geralmente usado por alunos do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental em São Bernardo, o Scratch ajuda as crianças a desenvolverem o raciocínio matemático em suas diversas frentes.

A aluna Vitória Ismalda Almeida de Melo, de 10 anos, é uma das monitoras do laboratório de informática e faz parte do Clube de Robótica da EMEB José Luiz Jucá. Estudante do quinto ano do Ensino Fundamental, Vitória aprendeu a usar o software com 9 anos. “O programa é muito legal. Com ele, temos a liberdade de criarmos o que quisermos, como jogos e projetos com arduíno (plataforma eletrônica flexível, econômica e de código aberto)”, disse.

Atento às explicações dos professores e alunos, o pesquisador ficou satisfeito com a maneira que o programa é utilizado nas escolas de São Bernardo. “As experiências são muito inspiradoras. Os alunos conseguem integrar a tecnologia com o mundo físico. Já visitei muitas escolas pelo mundo e, muitas vezes, o software é utilizado de maneira equivocada, focando muito mais na programação. Mais do que ajudar os alunos a aprenderem a programar, o Scratch tem a missão de incentivar as crianças a colocar a mão na massa, desenvolvendo a sua criatividade”, afirmou Andrew Sliwinski, que ainda trabalha na melhoria da linguagem de programação Scratch, que já tem dez anos de existência e 25 milhões de usuários.

“É fundamental termos o retorno de uma instituição tão importante, preocupada com a inovação como o MIT. Ter uma avaliação tão positiva demonstra que estamos no caminho certo para seguirmos com o trabalho forte na Educação, que está entre as prioridades de nosso governo”, disse o prefeito Orlando Morando.

Para a secretária de Educação, Suzana Dechechi, a integração do Scratch com os conteúdos desenvolvidos em sala de aula auxiliam no aprendizado. “Além de potencializar o raciocínio lógico e a criatividade, os alunos são instigados a criar novas possibilidades, promovendo a integração da tecnologia com o currículo escolar”, finalizou.

Scratch no Brasil – Nos dias 5, 6 e 7 de outubro, 10 EMEBs de São Bernardo foram destaque na Conferência Scratch Brasil, realizado no auditório do Centro de Difusão Internacional da USP (Universidade de São Paulo). As professoras dos laboratórios de informática apresentaram projetos desenvolvidos por pais e alunos nas seguintes EMEBs: Professor Otílio de Oliveira, Professor Kazue Fuzinaka, Dr. Vicente Zammite Mammana, Profª Neusa Macellaro Callado Moraes, Profª Jandira Maria Casonato, José Luiz Jucá, Padre Angelo Ceroni, Viriato Correia, Gofredo Teixeira Silva Telles e além da EMEBE Rolando Ramaciotti.

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