O mês de outubro é mundialmente conhecido pela campanha “Outubro Rosa”, para a prevenção do câncer de mama. Porém, o que poucos sabem é que a doença também faz vítimas no mundo animal, sendo o principal tumor em cadelas e o terceiro mais comum em gatas. Para ajudar a detectar e diagnosticar o problema, professores e alunos do curso de Medicina Veterinária, da Universidade Anhanguera de São Paulo, unidade ABC, farão em 26 de outubro, das 13h às 17h, um mutirão de atendimento no Hospital Veterinário, localizado na Avenida Dr. Rudge Ramos, 1701, em São Bernardo. As orientações serão gratuitas e realizadas por ordem de chegada.
“É um caso que ocorre com bastante frequência no Hospital Veterinário e, por isso, resolvemos auxiliar os proprietários na prevenção dos tumores”, explica a coordenadora do Hospital Veterinário, Marjorie Ikehara.
Diagnóstico – A médica veterinária oncologista, Flávia Ponce, explica que muitas vezes o tumor pode ser percebido pelos proprietários ao notar nódulos nas mamas, dor ou inflamação. “O diagnóstico definitivo ocorre por meio de exame histopatológico, popularmente conhecido como biópsia, que analisa a morfologia celular e nos diz se é câncer, qual tipo e informações sobre o comportamento da doença. . No entanto, os proprietários podem notar pequeno nódulo em uma das glândulas mamárias ou em várias. Muitas vezes, nódulos muito pequenos, podem passar despercebidos, mesmo quando afagam seu animal. Por este motivo, é importante que os animais sejam avaliados anualmente pelo veterinário, que também pode demonstrar e orientar como o proprietário pode realizar, periodicamente, o exame das glândulas mamárias de seu animal”, explica.
Prevenção – De acordo com a médica veterinária oncologista, Danielle Almeida Zanini, a prevenção pode ser realizada por meio da castração precoce. “Em cadelas castradas antes do primeiro cio, a incidência de neoplasia mamária é de 0,5%. Os animais castrados após o primeiro cio chega a 8% e, após o segundo cio, 26%. Em gatas, a prevenção por meio do procedimento ainda não é bem descrita, porém há autores que afirmam que a castração antes dos seis meses diminuiu em sete vezes o risco de desenvolvimento de neoplasia mamária”.
Origem do tumor – Assim como nos humanos, o câncer nos animais domésticos não tem uma única origem. “A etiologia hormonal é a causa mais comum de desenvolvimento de neoplasia mamária”, explica Danielle.
Tratamento – Os tumores mudam de comportamento à medida que vão aumentando de tamanho: tornam-se mais agressivos e com maior predisposição a formação de metástases, de acordo com a oncologista Flávia. “Sempre que houver um nódulo, jamais deve-se aguardar o crescimento do mesmo. Os nódulos pequenos devem ser removidos e encaminhados para análise do veterinário sempre”, alerta a médica veterinária.
O tratamento preconizado é cirúrgico. “A operação em cadelas consiste na retirada das mamas cometidas pela neoplasia e das mamas que apresentam comunicação linfática com elas, por mais que não apresentem tumor. Já em gatas, a cirurgia é mais radical, com a retirada de todas as mamas”, explica.
“Como só saberemos se a neoplasia é maligna ou benigna após a cirurgia e resultado de exame histopatológico, há a necessidade de realização de exames complementares para avaliar a presença de metástases, por meio de Raio X de tórax e Ultrassom abdominal, e exames de sangue como hemograma completo, função renal, função hepática e avaliação cardiológica por meio de eletrocardiograma e ecocardiograma para avaliação pré cirúrgica e anestésica”, explica.
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