Pesquisador do MIT Media Lab conhece boas práticas em aprendizagem criativa nas escolas de São Bernardo

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Da Redação – Tornar a sala de aula um lugar mais atrativo para os alunos, trazendo soluções inovadoras que ajudem a tornar o aprendizado mais mão na massa, colaborativo e lúdico. Esse é o objetivo da aprendizagem criativa, conceito criado há mais de 50 anos por Seymour Papert, do MIT Media Lab (Laboratório de Mídias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA) e desenvolvido nas escolas municipais de São Bernardo.

Leo Burd, brasileiro radicado nos Estados Unidos e pesquisador desta instituição, esteve nesta terça-feira (03/10), na EMEB Dr. Vicente Zammite Mammana, no bairro Planalto, para conhecer as boas práticas de cinco escolas municipais. Posteriormente, concedeu uma palestra sobre o assunto para os professores da rede municipal no Teatro Inezita Barroso, no Jardim Irajá, no evento em homenagem ao mês do professor e dos profissionais da educação.

Especialista em desenvolvimento de tecnologias para o empoderamento comunitário, Burd foi apresentado às práticas de aprendizagem criativa desenvolvidas nas EMEBs Dr. Vicente Zammite Mammana, Profª Sylvia Marilena F. Zanetti, Profª Neusa Macellaro Callado Moraes, Profª Jandira Maria Casonato e José Luiz Jucá, além da EMEBE Rolando Ramaciotti. Nessas escolas são realizados com alunos projetos mão na massa, envolvendo programação e construção no mundo físico de brinquedos e projetos diversos, tanto nos laboratórios de informática como na sala de aula para apoio às disciplinas.

Entre as ferramentas utilizadas – especialmente pelos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e também pelos alunos da Educação Especial – estão materiais recicláveis, lego, robótica e o Scratch, linguagem de programação em blocos desenvolvida pelo MIT criado especialmente para crianças, permitindo a criação de animações, histórias interativas ou jogos em navegador.

“Fiquei impressionado com o trabalho desenvolvido pelas escolas de São Bernardo. Tive a oportunidade de conhecer outras práticas em diferentes partes do mundo e o trabalho apresentado aqui está alinhado com as melhores escolas que já visitei. As experiências são muito inspiradoras, pois conseguem uma ótima interação com o mundo físico”, afirmou Leo Burd, que ainda trabalha na melhoria da linguagem de programação Scratch, que já tem dez anos de existência e 25 milhões de usuários.

“Ter um retorno de um profissional como este é fundamental para seguirmos com o trabalho forte na Educação, que sempre esteve entre as nossas prioridades”, pontuou o prefeito Orlando Morando. Para a secretária de Educação, Suzana Dechechi, a aprendizagem criativa permite que a sala de aula se torne um local muito mais significativo para as crianças. “Ao aprender, dessa forma, as crianças se expressam mais e melhor. Estamos investindo na formação de pessoas que não aceitarão ideias pré-determinadas, mas cabeças pensantes e criativas”, disse.

O aluno Enzo Marques de Souza, de 11 anos, é um dos monitores do laboratório de informática da EMEB Dr. Vicente Zammite Mammana. Aprendeu a usar o Scratch com 9 anos e já é um dos especialistas da escola. “Comecei a mexer neste programa em casa, incentivado pela minha mãe (a professora Silvia Marques de Souza, coordenadora do laboratório desta unidade escolar). Foi muito divertido. Fiquei feliz por conseguir construir diferentes jogos e um carrinho utilizando um copo plástico, lâmpadas de LED e arduíno (plaquinha eletrônica acessível utilizada em projetos de robótica)”, finalizou.

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