Prefeitura celebra 60 anos de atendimento à população de surdos

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Da Redação – Em 30 de setembro é celebrado o Dia Internacional do Surdo. Essa data foi escolhida pois, neste mesmo dia em 1880, ocorreu uma arbitrariedade contra a comunidade surda. Foi realizado um congresso, em Milão (Itália), no qual foi criada uma lei para proibir a língua de sinais na educação dos deficientes auditivos. Isso provocou um isolamento cultural e, consequentemente, a negação da cultura e da identidade surda. A comemoração desta data festeja os avanços históricos dos surdos na conquista de seus direitos.

A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria da Educação, promove a assistência a esta comunidade há 60 anos. No total, o município conta com 75 alunos surdos, cujo atendimento ocorre nas seguintes unidades escolares: EMEBE Neusa Basseto, (Ensino Fundamental I e II); e nas escolas-polo EMEB Padre Manuel da Nóbrega (Ensino Infantil) e EMEB Neusa Macellaro Callado Moraes (Ensino Fundamental I) e no Centro de Qualificação Profissional (CQP) de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A rede conta com 18 professores com especialização em Libras, sendo que 3 são surdos. Na educação especial, são mais de 1,4 mil alunos.

Entre as ações realizadas pela Pasta para promover a inclusão dos alunos surdos foi a realização de uma oficina de Libras para os condutores e monitores que transportam os estudantes da EMEB Padre Manuel da Nóbrega, com idade entre 3 a 5 anos, no bairro Jordanópolis, em São Bernardo.

Os encontros ocorreram em julho, antes do recesso, com foco na linguagem do dia a dia dentro do transporte escolar. “Antes da oficina, os condutores e monitores tentavam se comunicar utilizando sinais improvisados, o que deixava as crianças muito agitadas, pois não havia êxito na comunicação”, explica Adriana Santiago, chefe de Seção da Educação Especial da Secretaria da Educação de São Bernardo.

Além de melhorar a comunicação entre transportadores e alunos, consolidou o vínculo afetivo. “No início, era muito complicado de entendê-las. A comunicação era muito difícil. O fato de não serem compreendidas, as deixavam muito agitadas, lembrou a monitora Simone Damaceno, de 35 anos.

“Agora as crianças estão mais calmas e alegres. Elas sorriem mais e ficam mais animadas durante o trajeto. Também conseguimos mantê-las mais seguras durante o transporte, ressaltando a importância do uso do cinto de segurança durante o percurso”, afirmou a monitora Cleonice Santana Angeli, de 50 anos.

A professora Débora Frois de Souza Santos colaborou na elaboração do material e foi a monitora nos dois dias de oficina. “Não imaginava que essa ação faria tanta diferença no dia a dia dos alunos. Comunicar-se plenamente é um direito de todos, inclusive das crianças surdas. Agora, os alunos chegam e vão embora muito mais felizes e tranquilos, porque sabem que serão compreendidos”, disse. Para complementar o aprendizado, Débora, inclusive, gravou dois vídeos e enviou ao condutores por meio do Whatsapp.

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