Educação de SP expande programa e coloca mediação de conflitos em todas as 5 mil escolas estaduais

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Da Redação – A Secretaria da Educação de São Paulo ampliará o programa de mediação de conflitos, iniciativa pioneira que tem a função de definir e capacitar educadores para prevenir desentendimentos em escolas estaduais (aproximando alunos, educadores, equipe gestora e família). Todas as 5 mil escolas terão agora, ao menos, um educador nesse papel. E em 1.795 destas unidades haverá um segundo com o mesmo objetivo e para que trabalhem em conjunto.

Hoje os vice-diretores de 2,3 mil escolas já são os responsáveis pela mediação. A partir do próximo mês de outubro, a Secretaria irá formar os de todas as 5 mil unidades. Os demais 1.795 profissionais serão professores, que igualmente serão treinados. Atualmente a rede conta com 1,2 mil professores-mediadores.

Assim, o programa passará de 3,5 mil (2,3 mil vice-diretores e 1,2 mil professores) para 6.795 educadores (5 mil vice-diretores e 1.795 professores).  A capacitação ocorrerá via curso específico elaborado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores (EFAP), da Secretaria. O objetivo é conhecer a fundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de aprender técnicas de justiça restaurativa.

Critério – Outra novidade é a criação de um critério que mescla vulnerabilidade social e notificação de casos de violência à Secretaria para definição das escolas que terão dois profissionais de mediadores. Atualmente a distribuição ocorre de acordo com indicação de cada Diretoria Regional de Ensino, sem um estudo mais aprofundado que relacione o ambiente social que a escola está inserida.

Foram cruzados dados do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e do Registro de Ocorrência Escolar (ROE). Esse último é uma ferramenta criada pela Pasta para que as unidades notifiquem qualquer tipo de caso de violência em escola estadual – desde indisciplina e bullying à agressão física – e, por consequência, serve para a Secretaria dar suporte às unidades e comunidades.

Assim, as 1.795 escolas são as que estão em áreas mais vulneráveis e também registraram ao menos um caso no ROE nos últimos três anos seguidos. Dessa forma, a Secretaria quer incentivar a atualização constante do sistema para que se conheça de maneira mais completa o quadro de violência na rede e seja possível atuar de forma mais precisa. A proposta é que o grupo seja revisto a cada dois anos.

Levantamento realizado pelo Sistema de Proteção Escolar da Secretaria com 2.200 escolas de Ensino Fundamental e Médio mostra que nos últimos três anos 70% diminuíram os episódios de violências e incidentes. A lista inclui bullying, agressões e indisciplina.

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