Prefeitura de SP revitaliza viveiros Manequinho Lopes e Arthur Etzel

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Da Redação – A Prefeitura de São Paulo vai revitalizar os viveiros Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera, Zona Sul, e Arthur Etzel, no Parque do Carmo, na Zona Leste, em parceria com a marca de sabonetes Francis. A empresa também cuidará da manutenção do viveiro Manequinho Lopes por três anos, sem custos para o município. O projeto SP Cidade das Flores, dentro do programa SP Cidade Linda, quer transformar esses espaços em novos pontos turísticos e de educação ambiental da cidade.

O Termo de Cooperação entre a empresa e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente prevê a reforma e a manutenção das estufas e dos estufins (canteiros) do Manequinho Lopes, em um investimento total R$ 1,25 milhão. Para o Arthur Etzel, está previsto um investimento de R$ 100 mil. Entre as melhorias previstas estão a reforma do galpão, dos estufins e da estrutura, que está deteriorada, além de revisão elétrica, hidráulica, pintura e limpeza. Depois da conclusão das obras, são estudadas visitas monitoradas ao viveiro Manequinho Lopes com extensão nos horários de atendimento ao público, inclusive aos fins de semana.

A contrapartida prevista no acordo com a Francis será a exposição da marca da empresa nas dependências dos dois viveiros. A empresa também irá adotar três áreas verdes na cidade de São Paulo, sendo responsável pelo plantio e pela conservação das flores durante um ano. Os canteiros adotados estão em importantes vias de São Paulo: Avenida Nove de Julho, Praça Coração de Maria e a Avenida Hélio Pelegrino.

Para Francis, esta é uma oportunidade de fortalecer com o público seu papel de expert em flores. “A marca tem em seu portfólio fragrâncias únicas e inusitadas, criadas a partir de óleos extraídos das melhores flores do mundo, provenientes de diversos locais. É por acreditar no poder da flor, principalmente o de modificar um ambiente, um estado emocional, um momento, que resolvemos nos engajar nas causas do Manequinho Lopes e do Arthur Etzel, resgatando suas histórias e toda a transformação que nasce em cada um deles”, diz José Vicente Marino, presidente do grupo Flora, detentora da marca Francis.

Francis levará para diversos pontos da cidade bicicletas e trucks repletos de flores, que serão entregues ao público para celebrar a assinatura da parceria e o início da primavera. O prefeito ressalta a importância para a capital de parcerias com as empresas e se coloca à disposição de outros representantes da iniciativa privada que desejarem contribuir com a cidade.

Manequinho Lopes – O viveiro Manequinho Lopes tem o nome de seu primeiro administrador, o entomologista Manuel Lopes (1872-1938), que foi chefe da Divisão de Parques, Jardins e Cemitérios, órgão que antecedeu a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA). Foi como diretor dessa divisão que Lopes determinou a construção de um grande viveiro em uma região cheia de charcos e córregos na Vila Clementino, na Zona Sul de São Paulo. Na época, lá eram plantados eucaliptos, que são árvores capazes de absorver a parte da umidade excessiva do solo. Aos poucos, outras espécies foram sendo levadas para lá e o local se tornou o que, hoje, conhecemos como Parque Ibirapuera. Em 1938, com a morte de seu idealizador, o viveiro foi batizado com seu nome.

O lugar, de 48 mil m², atende a demanda para plantio em praças, parques, escolas e demais áreas verdes de São Paulo. Estão em seu catálogo herbáceas (ervas ou plantas de caule macio e maleável, normalmente rasteiro) e arbustivas (plantas lenhosas e semilenhosas, que têm caule ramificado). Atualmente, está aberto para visitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. No mês de abril, apresentou estoque de 8.490 mudas arbóreas, entre mais de 60 espécies.

Arthur Etzel – O Arthur Etzel, viveiro do Parque do Carmo, foi criado em 1987 e recebeu o nome de outro chefe da Divisão de Parques, Jardins e Cemitérios, Arthur Etzel (1889-1971). Acompanhado por seu pai, Antônio Etzel, juntos arborizaram a capital paulista com jacarandás, fícus e paus-ferro. A família Etzel, inclusive, chegou a morar no Parque da Luz, eram eles: o pai Antônio Etzel, a mãe Eudoxia Megerus e os cincos filhos, quatro homens e uma mulher. Em 1906, com apenas 17 anos, o primogênito Arthur Etzel começou a ajudar o pai em seus feitos pelo verde da cidade. Os dois foram os primeiros a transplantar, oficialmente, árvores em São Paulo.

Arthur continuou morando no Parque da Luz, com esposa e filhos, mesmo após a morte do pai. Faleceu em 1971, vítima de um enfarte. Á época, trabalhava no Viveiro Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera. Originalmente, o viveiro em sua homenagem ocupava uma área de 24 mil m² e foi ampliado em 1995 para 40 mil m². O local, que também conta com arbustivas e herbáceas, está aberto de segunda a sexta, entre 7h e 16h. No mês de abril, apresentou um estoque de 10.871 mudas, com aproximadamente 20 espécies diferentes.

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