Da Redação – Referência no atendimento às crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social no Estado de São Paulo, a Fundação Criança recebeu, nesta quinta-feira (21/09), a visita da Ordem dos Psicólogos de Angola. Representado pelo presidente Félix Mizé e pela vice-presidente Maria Helena Massaki, o órgão internacional teve o objetivo de conhecer o trabalho realizado pela instituição. A Fundação Criança atende 6 mil crianças e jovens e suas famílias por ano tanto na proteção básica e como na especial.
“A instituição é uma referência no Estado de São Paulo em decorrência de sua boa prática. A Fundação Criança é responsável por executar políticas públicas voltadas para crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social. A instituição se sente honrada em ser lembrada por entidades internacionais. A troca de experiência é fundamental para que possamos contribuir com o aprimoramento do atendimento a este público em outros países”, afirmou o diretor-presidente da Fundação Criança, Samuel Gomes Pinto.
Entre os espaços visitados pelos angolanos estão a sede da instituição, no bairro Assunção, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Centro, uma das unidades do Centro de Atendimento à Criança e ao Jovem (CACJ) e um dos abrigos mantidos pela Fundação Criança. “Angola possui um sistema unificado de atendimento social que, na teoria, é bem estruturado. Mas, na prática, temos muito que avançar no atendimento às crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social. Embora a guerra civil tenha acabado há mais de 15 anos, ainda sofremos os reflexos dela, especialmente em relação a essa população”, explicou Félix Mizé.
Antes de visitar a Fundação Criança, Mizé e Maria Helena participaram do I Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia na Assistência Social, realizado entre os dias 11 a 13 de setembro, na Universidade de São Paulo (USP). Na ocasião, eles tiveram conhecimento das ações desenvolvidas pela Fundação Criança por meio da Milene Bonfim Beraldi, diretora-técnica adjunta da Fundação Criança. Na ocasião, foi discutido o papel do psicólogo na assistência social.
Referência no Estado de São Paulo – Fundada há 19 anos, a Fundação Criança tem a missão de executar as políticas públicas formuladas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) voltadas às crianças e adolescentes em situação de risco social.
Visando a proteção integral desse público, atua no desenvolvimento e execução de programas de proteção básica e especial de média e alta complexidade. As ações de proteção básica tem o caráter preventivo e tem a finalidade de realizar trabalhos sociais com crianças, adolescentes e jovens (de 6 a 21 anos) e suas famílias para prevenir a ocorrência de situação de risco social.
As atividades são desenvolvidas no Centros de Atendimento à Criança e ao Jovem (CACJ), localizadas no Jardim das Orquídeas, Parque São Bernardo, Santa Cruz, Jardim Silvina e Jardim Thelma; além do desenvolvimento dos projetos Conexão – Conectando o Jovem ao Mundo do Trabalho; Contando História; Lanchonete Escola e Qualificação Profissional em parceria com o Senac.
A proteção especial se destina às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar essas ações, é necessário que a pessoa esteja enfrentando situações de violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar. As atividades são diferenciadas de acordo com o nível de complexidade, que pode ser média ou alta, assim como a situação vivenciada pelo indivíduo na família.
Na média complexidade, estão os serviços de abordagem social de crianças e adolescentes em situação de rua, o reencontro e o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE), voltado para adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. Na situação de alta complexidade estão o acolhimento institucional de crianças e adolescentes em situação de risco e seu afastamento temporário do convívio com a família.
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