Da Redação – O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Além atender todas as necessidades do filho, oferece proteínas e anticorpos específicos e é gratuito. Para incentivar, promover e apoiar a amamentação, Diadema promoveu o seminário Aleitamento Materno: Trabalhando Juntos para o Bem Comum, nesta sexta-feira (11), no auditório do Quarteirão da Saúde.
Mais de 250 profissionais da saúde participaram do evento que reuniu especialistas da área e apresentações culturais como coral do Hospital Municipal (HM) de Diadema e teatro da Unidade Básica de Saúde (UBS) Inamar. “Para a mãe e o bebê, os benefícios são incalculáveis. O mundo ainda não apoia efetivamente a amamentação e só com o envolvimento coletivo que a situação muda. A amamentação não é responsabilidade apenas da mulher que quer amamentar e sim de toda a sociedade”, afirma o secretário de Saúde, Luís Cláudio Sartori.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o aleitamento exclusivo até os seis meses e complementar, pelo menos, até os dois anos. Crianças que são amamentadas com leite materno tendem a adoecer menos, ter menos problemas de dentição, além de menores chances de obesidade e diabetes quando chegar à vida adulta. “Temos que incentivar a amamentação para que a mãe ofereça o alimento a qualquer momento, quando a criança tem fome e independente do local. Esse é um momento que tem que ser natural”, lembrou o prefeito de Diadema, Lauro Michels.
Para Vivian Cristina Reis Rocha, psicóloga e integrante do grupo multidisciplinar de Apoio ao Aleitamento Materno da Maternidade Municipal e da Atenção Básica de Taboão da Serra, é importante que o profissional de saúde, durante a gestação, promova grupos educativos, examine as mamas e oriente sobre aleitamento. “Também é preciso vencer obstáculos como desconhecimento, práticas inadequadas, falta de uma rede de apoio e mitos sobre o leite materno. Hoje, sabemos que se o bebê, até o primeiro mês de vida, tiver uma pega incorreta do seio tem maior chance de não receber o aleitamento exclusivo até os seis meses”, explicou.
Para Julia Oliveira de Jesus, mãe da pequena Estela e que nasceu prematura com apenas 550 gramas, a rede de apoio faz diferença neste momento. “Desde o início fui incentivada a oferecer o leite materno e consegui amamentar até os sete meses. O auxilio da equipe profissional foi fundamental”, elogiou.
Outras especialistas que participaram do seminário foram Fabiana Swain Müller, representante da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar IBFAN/ BRASIL, e Adriana Bouças Ribeiro, coordenadora estadual das ações de Alimentação e Nutrição da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.
III Agosto Dourado – O Agosto Dourado leva essa cor porque o aleitamento materno é considerado o padrão ouro da alimentação para as crianças de zero a dois anos. Durante todo o mês, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam atividades temáticas para profissionais, mães, familiares e usuários do serviço. São mais de 90 atividades como palestras, cursos, teatro, filmes, sarau e mamaço. Todas as UBSs promovem grupos educativos e de orientação para gestantes e mães que tiveram filhos há pouco tempo. A gestante ainda pode visitar, com antecedência, a maternidade do Hospital Municipal (HM) de Diadema e ter um acompanhante de sua escolha durante o parto.
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