Da Redação – O setor manufatureiro paulista demitiu 3 mil funcionários em maio, o equivalente a uma queda de 0,13% em relação ao mês de abril, na série sem ajuste sazonal. Já na série com ajuste, o recuo chega a ser mais expressivo, marcando queda de 0,30%. O arrefecimento das contratações no setor de açúcar e álcool, que estavam aquecidas no mês de abril por conta do período de safra agrícola, foi determinante para o resultado. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), divulgada nesta quarta-feira (14/6).
Com o fim do período de safra agrícola, as contratações começaram a perde força. Neste mês de maio, as usinas contrataram 1.077 trabalhadores, contra os 7,7 mil postos de trabalho gerados em abril. No acumulado do ano, o nível de emprego na indústria paulista segue positivo, com 19,5 mil vagas, alta de 0,90%, na série sem ajuste sazonal. Na comparação de maio deste ano, com o mesmo mês do ano anterior, o resultado ainda é negativo (-4,07%), com fechamento de 92,5 mil vagas.
O diretor titular do Depecon, Paulo Francini, alerta que se não fossem as usinas de açúcar e álcool, as demissões passariam de 4 mil. “Infelizmente, ainda não existe sinal de recuperação do emprego na indústria paulista, como se esperava. Excluindo as usinas de açúcar e álcool, teríamos um saldo de apenas mil contratações ao longo dos cinco meses deste ano”, destaca.
Setores e regiões – Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de maio, 8 ficaram positivos e também 8 ficaram no negativo, enquanto que 6 permaneceram estáveis. Entre os positivos, os destaques ficam por conta dos segmentos alimentício (878), produtos têxteis (736), produtos diversos (668) e móveis (462). Do lado negativo, o segmento que mais demitiu foi o de máquinas e equipamentos (-1.932) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1.138).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP. Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,13%), também no interior paulista (-0,27%) e na Grande São Paulo (-0,04%).
Entre as 36 diretorias regionais, houve variação entre os resultados. Entre as 13 que apontaram altas, destaque por conta de Americana (1,78%), influenciada pelo setor de produtos têxteis (4,72%), produtos de borracha e plástico (0,54%); Limeira (1,39%), por produtos diversos (13,51%) e produtos alimentícios (11,30%) e São Caetano (1,37%), por móveis (12,48%) e produtos de metal (0,88%).
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