Da Redação – Embora no Brasil ainda não existam pesquisas que possam comprovar o que já vem ocorrendo em outras partes do mundo, o desaparecimento de abelhas é um fenômeno que chama a atenção também de biólogos por aqui. De acordo com resultado de pesquisas divulgadas pela revista americana Science, no início deste ano, o número de abelhas caiu 40% nos Estados Unidos, em pouco mais de duas décadas. Na Europa, no mesmo período de tempo, o sumiço chega a 50%.
O texto publicado pela revista mostra que o estudo sobre o desaparecimento das abelhas concluiu que o aquecimento global é a principal causa do problema. “O Brasil também já enfrenta outros efeitos ocasionados pelas mudanças climáticas e seria pretensão acreditar que a nossa população de abelhas não esteja sendo afetada por isso também. Mas, infelizmente, não temos estudos a respeito”, diz Luiz Eloy Pereira, vice-presidente do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS) – CRBio-01.
Ao contrário de outros insetos, as abelhas não apresentam a mesma resistência a temperaturas mais quentes. Especialmente algumas espécies, como as do gênero Bombus, conhecidas por aqui como mamangaba ou mamangava. “Muita gente desconhece a importância ecológica das abelhas. Elas são eficientes polinizadoras, um trabalho fundamental para a promoção da diversidade das espécies de plantas. Ou seja, seu desaparecimento provoca um impacto muito grande também no reino vegetal”, explica o vice-presidente do CRBio-01.
Importante função foi reconhecida até por Albert Einstein, com a declaração de que “se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana”.
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff declarou medidas positivas para reduzir a emissão de gases em 43%, até 2030. Mas o biólogo lembra que, além do combate aos efeitos do aquecimento global por parte do Governo, é preciso lembrar que há outras interferências que também colaboram para a diminuição do número de abelhas, como o uso excessivo de pesticidas e o desmatamento, por exemplo. “Ou seja, é preciso que a população também contribua para a salvação das abelhas”, conclui Pereira.
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