Da Redação – O livro É Proibido Miar, do autor de literatura juvenil mais vendido, Pedro Bandeira, foi adaptado para o teatro em uma nova edição dirigida por Marcelo Klabin. A peça que é um musical, patrocinado pela AES Eletropaulo e produzido pela MRS Participações, apresenta o universo da dramaturgia e desperta o interesse pelos livros de jovens e crianças.
Com estreia marcada para 23 de abril, mesma data em que é comemorado o Dia Mundial do Livro, a peça será no Teatro Municipal de Santo André, com entrada gratuita. A primeira edição do espetáculo, em 2011, foi vista por mais de 10 mil pessoas em 40 apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nesta nova edição, sete atores sobem ao palco para cantar, dançar e interpretar a história de Bingo, um cachorro que, por iniciativa própria, decide miar. Com delicadeza e humor, a peça estimula a reflexão sobre questões atuais, traduzindo de forma artística a importância do respeito pelo outro, a superação de diferenças e o combate a preconceitos.
“Eu li vários livros do Pedro Bandeira quando pequeno e, em todos eles, há uma abordagem do não à proibição; ele é um diplomado em cuidar das coisas que foram proibidas. Nesta peça, há uma ligação muito sutil com coisas que acontecem na sociedade. A história de Bingo é uma metáfora, já que em nenhum momento está mostrada de forma direta na peça, mas pode ser associada a questões como ser diferente, o preconceito e o bullying”, explica Marcelo Klabin.
O enredo conta com 17 personagens e cada ator encena, em média, de dois a três papéis ao mesmo tempo. A necessidade de agilidade na troca do vestuário, que leva apenas 12 segundos em alguns casos, foi um desafio atendido prontamente pela equipe do figurino. As roupas possuem velcros para facilitar a troca, além de serem ricas em detalhes e desenhos, refletindo as principais características de cada personagem.
“Esta iniciativa está alinhada com a estratégia de investimentos da AES Eletropaulo que tem como objetivo contribuir para uma sociedade mais sustentável. A leitura é uma importante ferramenta no processo de educação, que por sua vez tem o poder de transformar pessoas e a sociedade”, afirma Luciana Alvarez, Gerente de Gestão da Marca e Sustentabilidade da AES Brasil.
Outro aspecto essencial do espetáculo, a trilha sonora, composta pelo músico Daniel Tauszig, é totalmente original. O arranjo vocal, que ganhou uma elaboração especial nesta nova edição, é feito por Daniel Rocha, responsável pela direção musical. “A linguagem cantada ajuda na compreensão dos personagens, já que as músicas contam um pouco da história de cada um. É um jeito de aproximar a criança deste mundo”, explica o diretor.
Depois de duas apresentações em Santo André, o espetáculo passará por cinco Centros Educacionais Unificados (CEUs) na capital paulista – Paraisópolis, Sapopemba, Capão Redondo, Interlagos e Ipiranga, entre abril e maio, onde poderá ser visto por alunos da rede municipal de ensino. Em Osasco, a peça voltará a ser aberta ao público, com três encenações no fim de maio. Dentro do escopo do projeto, ainda está prevista a entrega de cadernos pedagógicos a professores de escolas públicas, com o intuito de ajudá-los a desenvolver os temas retratados na peça em sala de aula.
“Tenho um amor profundo pelo teatro desde pequeno. É uma arte transformadora. Ao ter seu primeiro contato com a dramaturgia, a criança ganha um novo olhar, que será levado a sua casa, suas atividades, e pode, inclusive, inspirar uma profissão no futuro”, afirma Klabin.
História – O enredo de Pedro Bandeira, adaptado por Erez Milgrom, conta a história de Bingo, filho de Dona Bingona e Seu Bingão, um vira-lata orgulhoso de sua linhagem. Ao contrário de seus irmãos, é curioso e não tem interesse em imitar seus pais. Ao fazer amizade com um gato, de quem admira a liberdade, ele passa a miar, o que é visto como uma vergonha para a família. O cachorro então é levado para o Canil Municipal, onde passa por diversas dificuldades, mas não desiste de suas escolhas.
Pedro Bandeira, autor do livro que originou a peça, também é um fã muito especial dessa montagem: “Eu não seria capaz de ter feito essa adaptação. Toda a essência do que eu quis dizer no livro está aí, só que melhor e ampliada. É um trabalho muitíssimo profissional, em que nossas crianças podem entrar em um mundo maravilhoso e de sonho que o teatro nos traz. A peça superou as minhas expectativas. É bom, aos 73 anos, ver esse pessoal atuando com tanto amor e talento a história que escrevi”, conta.
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