Da Redação – Nesta segunda-feira, 10/04, a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) completou 30 anos de trajetória. Fundada em 1987 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e o médico Walber Vieira, entre outros ativistas de diferentes setores e movimentos sociais, a ABIA foi a segunda organização da sociedade civil com foco na resposta à epidemia de AIDS no país. Betinho presidiu a ABIA até 1997, quando faleceu em decorrência da AIDS. Seguindo o legado dele, ao longo desses 30 anos, a ABIA tornou-se referência no Brasil e no mundo.
Para relembrar a data, será realizada uma série de ações a serem concretizadas em 2017. A primeira delas acontece no dia 10/04, às 18h, no Centro Cultural do Branco do Brasil: a mesa-redonda “ABIA 30 anos de luta e solidariedade”.
Selo ABIA 30 Anos – Além do debate, o evento marcará o lançamento do Selo ABIA 30 Anos e de um Blog comemorativo, cujo objetivo é a partir de imagens históricas – várias ainda inéditas para o grande público – reforçar o papel da instituição na resposta à epidemia. O Selo ABIA 30 Anos foi inspirado na linguagem do grafite por ser uma arte que expressa a rebeldia e os questionamentos por meio de uma estética moderna e atemporal.
Para a ABIA, o grafite é uma arte de rua, de resistência, a expressão de várias vozes, onde qualquer parede de tijolo ou cimento é uma folha em branco a ser transformada em obra de arte. O Selo ABIA 30 Anos, que traz a imagem de Betinho ao fundo, expressa a resistência e a luta da instituição por uma resposta eficaz à epidemia.
Legado – No CCBB/RJ, participam da mesa Richard Parker, diretor-presidente da ABIA; Veriano Terto Jr., vice-presidente; Sônia Correa, co-coordenadora do Observatório Sexualidade e Política (SPW, sigla em inglês); Fernando Seffner, da Faculdade de Educação (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e membro do Conselho Fiscal da ABIA e Katia Edmundo, diretora do Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS).
“A proposta é fazer uma reflexão sobre o contexto histórico do enfrentamento à epidemia”, informa Parker. Segundo ele, os debatedores irão rememorar a ABIA na perspectiva das pessoas vivendo com HIV; as ações desenvolvidas no campo da saúde reprodutiva e da prevenção para as mulheres; o contexto da promoção da saúde nas comunidades populares e ainda sobre a importância do diálogo com a universidade.
Outras ações estão previstas para serem realizadas no contexto dos 30 anos da instituição ao longo de 2017. “Queremos lançar campanhas virtuais para refletir sobre este momento atual e materiais com ênfase no legado de Betinho e da ABIA para o campo da AIDS”, finaliza Parker.
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