Da Redação – As hepatites virais são silenciosas, mas seus números dizem muito: todos os anos, 1,4 milhão de pessoas morrem de hepatites em todo o mundo. E mais: juntas, as hepatites B e C são a causa de mais de 80% dos casos de câncer de fígado, globalmente. No Brasil, são mais de 500 mil casos.
Para enfrentar essa realidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Aliança Mundial contra as Hepatites (World Hepatitis Alliance/WHA) estabeleceram a Cúpula Mundial de Hepatites (CMH) – ou World Hepatitis Summit –, um encontro global bianual que tem por objetivo intensificar o progresso da agenda sobre as hepatites virais. O evento é realizado em colaboração com um país anfitrião diferente a cada edição.
O Brasil foi eleito para sediar a segunda edição da CMH – a ser realizada em São Paulo entre os dias 1º e 3 de novembro de 2017 – graças ao reconhecido protagonismo do país no enfrentamento às hepatites virais. A primeira edição da CMH foi realizada em Glasgow, na Escócia, em setembro de 2015.
O grande encontro reunirá governos, formuladores de políticas, especialistas em saúde pública e representantes da sociedade civil para debater formas originais de implementar a Estratégia Global do Setor de Saúde contra as Hepatites Virais (GHSS) – e de alcançar o objetivo maior de eliminar as hepatites virais como ameaça à saúde pública até 2030.
Para a diretora do Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a Cúpula Mundial de Hepatites é “o momento certo para debatermos as urgentes estratégias de combate à doença”. A diretora reitera que “os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU nos convidam a participar desse momento” – e completa: “contamos com o seu apoio, com o apoio de seu país, de seu estado, de sua cidade e de sua organização”.
VANGUARDA – O Brasil está na vanguarda da prevenção e tratamento das hepatites virais. A partir de 2015, o país incorporou quatro novos medicamentos revolucionários para o tratamento da hepatite C. Com essa nova tecnologia, diminuem-se os efeitos colaterais e o tempo de tratamento. Em menos de dois anos, o Brasil já tratou assim cerca de 50 mil pessoas, elevando a taxa de cura da doença de 60% para mais de 90%.
INSCRIÇÕES – A participação na Cúpula Mundial de Hepatites se dá mediante convite ou inscrição de trabalhos (neste último caso, com subsequente aprovação – ou não – da organização do evento). A inscrição de trabalhos está aberta até 1º de maio de 2017.
Indivíduos, grupos e organizações estão convidados a apresentar seus trabalhos originais – incluindo pesquisas científicas, sociais e comunitárias, programas, produtos e políticas – e a explicar como contribuem ou poderão contribuir para a resposta às hepatites virais em seus países, regiões ou comunidades.
Os autores que tiverem seus trabalhos aprovados serão convidados a apresentá-los na Cúpula Mundial de Hepatites.
Os trabalhos estão limitados a 500 palavras; os títulos estão limitados a 30 palavras. Resumos acadêmicos/de pesquisa e descrições de inovações são bem-vindos. Saiba mais em: http://www.worldhepatitissummit.org/pt/2017/p%C3%A1gina-inicial
Serviço – Cúpula Mundial de Hepatites 2017, de 1º a 3 de novembro, no World Trade Center, São Paulo, SP. INSCRIÇÕES: até 1º de maio de 2017
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