Profissão Cosplayer: mais do que um simples hobby

Da Redação – O termo cosplayer é utilizado para identificar os praticantes do cosplay, pessoas que se vestem com roupas de personagens da ficção, como super-heróis, comics, mangás, filmes e videogames. O termo cosplay, é uma contração da expressão inglesa Costume Roleplay (costume: traje/fantasia e roleplay: brincadeira/ interpretação), que tem origem da palavra japonesa Kosupure e a tradução faz referência justamente a fantasiar-se ou disfarça-se de uma personagem imitando, de maneira fidedigna, comportamento e trejeitos.

Os praticantes e adeptos deste estilo vão desde crianças até adultos com identificação com personagens destas histórias. E muitos deles, para que a semelhança seja real, chegam a importar roupas e acessórios. Mas também não é para menos, afinal, boa parte deles utilizam este mundo de fantasia como profissão, ou até como meio de promoção de ações sociais.

Como exemplo, podemos citar grupo Super Amigos – Arte Cosplayer, criado e mantido por amigos que se juntaram com o intuito de levar alegria e esperança para crianças e adultos, em hospitais, creches, escolas, abrigos, entre outros, em ações voluntárias e sociais visando a humanização da saúde e do respeito com o próximo. “Entendemos que as pessoas têm necessidades distintas e precisam receber o amor, carinho e atenção que elas esperam. Precisamos nos despir de nossos preconceitos e desigualdades, para levar, ao menos, um pouco de afeto para quem precisa.”, afirma Elaine Carvalho, CEO do Super Amigos.

No entanto, existe muitos cosplayers que, além de serem engajados em ações sociais, fazem de sua diversão, um meio de ganhar dinheiro, em um mercado crescente, porém, ainda pouco explorado. A exemplo temos a professora de educação infantil, Katia Ferrarezi, 30, que além do hobby, participa de eventos com seus figurinos como uma opção de trabalho. “Eu gosto muito de fazer cosplay, é algo que me dá prazer. Melhor ainda fazer o que gosto e ajudar os outros. Mas também por gostar bastante que aproveito eventos para ganhar dinheiro.”, conta.

Adriana Portes, 43, auxiliar administrativa, assim como Katia, também atua como cosplay voluntariamente e participa de eventos pelos quais ela é contratada. “É uma satisfação enorme alegrar as crianças que estão internadas em hospitais. Isso é um presente. O meu pagamento aí, é ver a felicidade destas crianças. Já o que me encanta nos eventos nos quais sou contratada é ver que as pessoas parecem ver seus personagens fora dos quadrinhos. Isso é muito legal.”, revela.

Porém, nem tudo são mar de rosas para estas pessoas quem atuam como cosplay. Primeiro por que a maior parte da sociedade ainda enxerga estas pessoas como desocupadas e infantis por gostarem destes personagens e dar vida à eles. E, em outro ponto, o grande assédio que as mulheres sofrem em eventos, sejam fechados ou mesmo no voluntariado. “O que nós queremos é quebrar este paradigma de que cosplay não tem o que fazer. Somos todos trabalhadores, temos família, temos nossas responsabilidades. Muitas mulheres e homens que fazem parte do nosso grupo são casados e são de respeito mas, infelizmente, muita gente não enxerga isso. Utilizamos algo que gostamos para levar alegria para as pessoas, para brincar com uma fantasia vista somente em filmes e quadrinhos trazendo isso para a realidade das pessoas e desmistificar qualquer p­reconceito.”, finaliza a CEO do Super Amigos, Elaine.

Grupo Super amigos – Grupo de arte cosplay, criado e mantido por amigos, e cosplays, que se juntaram com o intuito de entreter e levar alegria para crianças e adultos, em ações voluntárias e sociais, em hospitais, créches, escolas, abrigos, entre outros, que voltadas, principalmente, para a humanização da saúde. Um projeto que promove um espaço solidário com mais amor e respeito para quem precisa de atenção especial.
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