Da Redação – O primeiro mês de 2017 não trouxe novidades no que se refere à geração de empregos no setor da construção civil nas sete cidades do ABCD paulista. Em janeiro elas registraram juntas a perda de 322 vagas nesta atividade. O município de Ribeirão Pires amargou a maior redução no período (79), seguido de Diadema (69), São Bernardo do Campo (67) e Santo André, com 57 demissões.
Em janeiro de 2016 havia 45.358 pessoas registradas como funcionárias das construtoras que atuam na região. No mesmo mês de 2017 este estoque baixou para 40.810, evidenciando um corte de 4.458 empregos. Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Emprego por cidades
(Janeiro de 2017) * |
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Cidade | Variação mensal (%) | Variação absoluta do estoque |
Diadema | -1,33 | -69 |
Mauá | -1,10 | -47 |
Ribeirão Pires | -8,75 | -79 |
Rio Grande da Serra | -0,59 | -3 |
Santo André | -0,64 | -57 |
São Bernardo do Campo | -0,71 | -67 |
São Caetano do Sul | 1,51 | 178 |
*Os dados da tabela consideram os fatores sazonais
Para a diretora da Regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli, o resultado de janeiro demonstra que apesar da economia ter começado a dar alguns sinais positivos nos últimos meses, eles ainda não foram suficientes para provocar mudanças significativas no desempenho da construção civil no ABCD.
Ela destaca que já é possível notar alguns indícios, como um acréscimo de 178 novos trabalhadores em São Caetano, por exemplo, que está em linha com o pequeno crescimento registrado no Estado de São Paulo como um todo. “ Apesar disso, o perfil econômico da região tem uma característica muito ligada à indústria automotiva e outros segmentos que também ainda não demonstraram sinais significativos de recuperação. Desta forma, a tendência é de que a inversão na curva de baixa do nível de emprego ainda demore mais algum tempo para chegar de uma maneira mais acentuada”, avalia.
Brasil – Em janeiro, o setor da construção perdeu 1.282 vagas em todo o Brasil. O que significou queda de 0,05% em relação a dezembro de 2016. Esta é a 28ª queda consecutiva, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,49 milhões. Na comparação com janeiro de 2016, houve perda 14,18%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões – queda de 1,08 milhão no número de postos de trabalho. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 36.003 vagas em janeiro (-1,40%).
Estado de São Paulo – Em janeiro houve alta de 0,26% no emprego em relação a dezembro, a primeira vez desde janeiro de 2016 – contratação de 1.836 pessoas. O estoque de trabalhadores foi de 692,8 mil em dezembro para 694,6 mil em janeiro. Em 12 meses, são menos 95.860 trabalhadores no setor (-12,13%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 1,55% (-11.074 mil vagas).
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 650 construtoras associadas e 22,5 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 27,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,3% do Produto Interno Bruto do Brasil.
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