Aids e outras DSTs são tema da estreia de serviço da Fiesp de prevenção dos riscos à saúde

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Da Redação – Preocupada com a saúde da comunidade, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), inaugura o +Saúde – programa de prevenção e educação, uma espécie de balcão de orientação, destinado às pessoas que vêm aproveitar as diversas atividades que acontecem na avenida Paulista, no primeiro domingo de cada mês na frente da entidade, das 15h às 18h, após as apresentações culturais.

A ação é uma iniciativa do Comitê da Cadeia Produtiva de Saúde e Biotecnologia da Fiesp (ComSaude), que tem como objetivo promover campanhas de educação e conscientização com entidades ligadas ao Comitê, que têm como foco de suas atividades a atenção ao paciente. A primeira campanha será sobre Aids e DSTs, no próximo domingo (12/2), das 15h às 18h. A Agência Aids e o Centro de Referência e Treinamento do Programa Estadual DST/Aids da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo irão distribuir preservativos femininos e masculinos, lubrificantes e folhetos explicativos. Voluntários especializados irão esclarecer dúvidas da população e orientar métodos de prevenção das doenças, abordando tanto as formas de se proteger como qual a profilaxia adequada após o contato com um agente infeccioso.

O serviço de utilidade pública acontecerá a cada primeiro domingo do mês na calçada em frente a Fiesp, sempre após a apresentação cultural promovida pela Fiesp/Sesi. Durante o ano serão trabalhados diferentes assuntos importantes relacionados à saúde que são pauta contínua de discussão, como o diabetes e a doação de órgãos, por exemplo. O +Saúde conta com a participação de parceiros que representam instituições sem fins lucrativos, sociedades de profissionais da saúde, entidades setoriais, hospitais, profissionais da saúde e empresas do setor.

“Esta ação demonstra o compromisso da Fiesp com a saúde da população, priorizando a informação e a educação como formas de melhoria da saúde. O objetivo do ComSaude é fazer com que os domingos na Paulista sejam não só um espaço para o lazer, mas também um ambiente de orientação e conscientização do cidadão, que passa a entender que a prevenção é o melhor caminho para uma vida saudável”, explica Ruy Baumer, coordenador-titular do ComSaude.

Incidência de Aids – No Estado de São Paulo, no período de 1º de janeiro de 1980 a 30 de junho de 2016, foram registrados 251.133 casos de Aids. Observando-se a série histórica dessa morbidade identifica-se que no ano de 2006 a taxa de incidência foi de 22,4 casos por 100 mil habitantes-ano, e houve uma redução para 15,1 casos por 100 mil habitantes-ano em 2015, queda de 32,6% nos últimos dez anos.

Em 2015, a taxa de incidência masculina foi de 22,8 casos por 100 mil hab-ano e a feminina foi de 7,7 casos por 100 mil hab-ano. A redução da incidência de Aids entre o ano de 2006 e 2015 em mulheres foi de 16,2 para 7,7 casos por 100 mil hab-ano. Já entre os homens essa redução foi de 29,0 para 22,8 por 100 mil hab-ano, o que expressa uma queda de 21,0%, bem inferior à feminina, que atingiu 51,8%. A razão de sexo (homem/mulher), que apresentava declínio desde 1986, passou a crescer a partir de 2008, de 1,7 para 2,8 em 2015.

Embora a epidemia venha mostrando, desde 2008, elevação na proporção de casos entre homens que fazem sexo com homens (HSH), observa-se que, a partir de 2012, ocorreu uma tendência de queda dos casos entre HSH com velocidade de 118 casos/ano até o final de 2015. Entre os heterossexuais a tendência de queda é identificada desde 2010 até o final do período.

Mesmo com a queda da incidência para ambos os sexos, entre os homens jovens de 15 a 19 anos de idade, a TI aumentou de 3,0 casos em 2006 para 5,2 casos por 100 mil hab-ano em 2015; entre aqueles com 20 a 24 anos, passou de 17,3 para 30,6 por 100 mil hab-ano. Em jovens de 25 a 29 anos a TI vem mantendo estabilidade em níveis expressivamente elevados, tendo atingido TI de 40,8 e 41,2 por 100 mil hab-ano nos anos de 2006 e 2015, respectivamente. O aumento da TI entre homens jovens, e que merece atenção, é decorrente do aumento da transmissão sexual entre homens que fazem sexo com homens.

Mortalidade por Aids – Desde 1995, ano da maior taxa de mortalidade (TM=22,9 por 100 mil hab-ano) até o ano de 2015, cuja TM foi de 6,0 por 100 mil hab-ano, observou-se uma redução de 73,8% na mortalidade. Desde 1985, foram a óbito por Aids 111.393 pessoas no Estado de São Paulo.

Ocorreram 2.573 óbitos em 2015, cerca de sete por dia, no Estado de São Paulo. A taxa de mortalidade (TM) por Aids se manteve praticamente estável nos últimos anos, em 2012, 2013 e 2014 (com taxas de 6,6 por 100 mil em 2012 e 2013 e, em 2014 foi de 6,4 por 100 mil habitantes-ano).

Entretanto, neste ano de 2015 a taxa de mortalidade caiu para 6,0 óbitos por 100 mil habitantes-ano, o que permite identificar uma tendência de queda do número total de óbitos entre 2006 a 2015 com uma velocidade de 91 óbitos/ano no total e, para o sexo masculino e feminino essas velocidades foram de 57 e 34 óbitos/ano, respectivamente.

Mesmo com a queda da TM entre os homens de 9,1 para 8,4 óbitos por 100 mil entre 2014 e 2015, observou-se no mesmo período elevação das TM nas faixas etárias de 20 a 24 anos (de 2,7 para 3,0 por 100mil hab-ano), de 25 a 29 anos (de 6,3 para 6,9 por 100 mil hab-ano) e 70 anos e mais (de 5,1 para 5,6 por 100 mil hab-ano).

Para o sexo feminino, de forma similar à do masculino, porém em menor proporção, ocorreu queda da TM entre as mulheres de 3,9 para 3,7 óbitos por 100 mil entre 2014 e 2015. Entretanto, observou-se no mesmo período crescimento dessas taxas de mortalidade entre mulheres nas faixas etárias de 15 a 19 anos (de 0,5 para 0,7 por 100mil hab-ano), de 20 a 24 anos (de 1,3 para 1,5 por 100 mil hab-ano) e de 50 a 59 anos (de 6,3 para 6,8 por 100 mil hab-ano) e de 60 a 69 anos (de 3,6 para 3,7).

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