Educador considera a reforma inconstitucional e antidemocrática

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Da Redação – O Senado aprovou a medida provisória da reforma do ensino médio. O texto aprovado é o mesmo votado na Câmara em 13 de dezembro, com 43 votos favoráveis e 13 contrários e, agora, segue para sanção do presidente Michel Temer. Para o professor Gilberto Alvarez, presidente da Fundação PoliSaber e diretor executivo do Cursinho da Poli,  essa aprovação passa ao largo de questões que há décadas cobram alternativas concretas:

“A tramitação da reforma deu-se de maneira inadequada quanto à forma, pois se mostrou à sociedade através de uma medida provisória; antidemocrática, pois excluiu professores e pesquisadores da educação do debate e inconsistente, pois em nome da necessária demanda de discutir e reformar o ensino médio produziu-se um acelerado processo de descaracterização das ciências humanas na formação do jovem e repôs o tema da conexão com a educação profissionalizante retomando imperfeições criticadas e enfrentadas energicamente pelos educadores já década de 1990.”

Segundo Alvarez, agora que a reforma está aprovada, essa situação exige atenção ao tema da flexibilização que é um dos motes da nova arquitetura do ensino médio. “Se por um lado, escolas serão chamadas a oferecer diferentes percursos formativos, por outro lado será necessário ancorar o leque de possibilidades em sólidos projetos pedagógicos sendo, desde já, insuficiente afirmar que a base nacional curricular tudo suprirá, tudo indicará.”

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