Da Redação – Em um período turbulento e de recessão, como foi 2016, alguns setores conseguiram se destacar e manter a estabilidade. O consórcio de imóveis é um exemplo, que, com pequenas retrações, no geral manteve o equilíbrio. Visto por muitos economistas como uma boa opção para adquirir bens ou garantir uma aposentadoria mais tranquila, o setor registrou a venda de 225,2 mil novas cotas em 2016, uma diminuição de 10% em comparação a 2015.
No entanto, o segundo semestre apresentou uma melhora considerável para o segmento de consórcios em geral, com crescimento de 24,5% nas vendas de cotas em comparação com os primeiros seis meses do ano. No setor imobiliário, o aumento foi de 13,5% entre os semestres. Para o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi, 2017 tende a ser positivo, mas com desafios. “Com a propagação cada vez maior dos conceitos de cidadania financeira, o consórcio deverá continuar permeando a vida financeira das pessoas, famílias e empresas, possibilitando a concretização de metas atuais e futuras”, sintetiza Rossi.
No total, o volume de créditos disponibilizados para compra de imóveis se manteve estável, com marca de R$ 7,09 bilhões entre janeiro e dezembro de 2016. O número de contemplações segue a mesma tendência, com 71,3 mil pessoas. Na opinião de Roberto Rossi, o consórcio se sobressai quando o consumidor compara as opções disponíveis no mercado. “Apesar da retração financeira, ficou evidenciada a confiança no Sistema de Consórcios. Também, o maior conhecimento das características da educação financeira, na qual os consórcios fazem parte, e a certeza de que planejar por meio de uma poupança com objetivo definido pode ser o melhor caminho para adquirir propriedades, veículos e outros bens de consumo ou mesmo contratar serviços, sempre de forma responsável”.
Na contramão do mercado – Nos estados do Paraná, de São Paulo e Santa Catarina, a Ademilar, empresa especializada em consórcio imobiliário, bateu recorde na comercialização de créditos em 2016: em outubro, já havia superado o número de R$ 1 bilhão. Considerando os 12 meses do ano passado, em comparação a 2015, a empresa cresceu 39,66% no Paraná, 24,67% em Santa Catarina e 31,27% em São Paulo.
Para a diretora-superintendente da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, Tatiana Schuchovsky Reichmann, o resultado é consequência do trabalho de consultoria e acompanhamento financeiro que a equipe oferece. “Mais que a compra de um imóvel, nós tornamos viável a concretização de projetos de vida e disponibilizamos opções de investimentos seguros. Os consultores Ademilar têm uma atuação muito próxima dos clientes, no sentido de educação e orientação financeira. Nosso consorciado garante a ele e à família um futuro mais tranquilo”, ressalta.
Eduardo Hardt, sócio da empresa Tríplice Administração de Imóveis, utiliza o consórcio tanto na gestão financeira pessoal quanto na profissional. Localizada em Joinville (SC), a empresa adquire, por meio do sistema, terrenos e imóveis sem comprometer o fluxo de caixa. “Com as parcelas do consórcio, não precisamos nos descapitalizar ou investir um grande valor para ampliar o patrimônio. Já fomos contemplados várias vezes e não pretendemos mudar de modalidade”, explica.
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