Projeto Ônibus a Hidrogênio coordenado pela EMTU encerra fase 2 com resultados positivos

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Da Redação – A EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, divulgou os resultados da segunda fase do Projeto Ônibus a Hidrogênio, encerrada no 1º semestre de 2016. Três novos ônibus movidos a célula a combustível hidrogênio foram testados com passageiros entre os meses de julho/2015 e março/2016 no Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara (ABD), na Região Metropolitana de São Paulo, rodando nas linhas metropolitanas da concessionária Metra. A melhoria operacional foi detectada levando-se em conta expectativas do projeto e em comparação ao protótipo testado no mesmo Corredor em 2010.

Entre os fatores positivos observados na avaliação, destacam-se:
a)    a nacionalização de equipamentos, em especial do sistema de tração elétrica, além de capacitar a indústria nacional para o desenvolvimento de componentes a serem aplicados nesta nova alternativa automotiva, trouxe maior facilidade de reposição de peças em caso de necessidade, além de redução do custo total dos ônibus, que se tornaram os veículos a célula a combustível mais baratos já produzidos em âmbito mundial;

b)    a combinação da energia produzida pelas células a combustível com a produzida pelas baterias de tração, quando se torna necessária maior potência operacional, possibilitou melhoria no consumo dos veículos – ao redor de 13,5 kg de hidrogênio para cada 100 quilômetros percorridos, ou seja, 10% inferior ao projetado;

c)    as alterações nos equipamentos de arrefecimento dos sistemas possibilitaram a construção de veículos com baixíssima emissão de ruídos – mais significativa do que a emissão de ruídos observada no ônibus protótipo;

d)    a tecnologia de integração dos diversos equipamentos dos ônibus permitiu melhor disposição dos equipamentos, facilitando os serviços de manutenção preventiva e corretiva.

Estação de abastecimento – O abastecimento dos três ônibus foi realizado em uma estação de produção de hidrogênio por meio da eletrólise da água, construída na sede da EMTU/SP em São Bernardo do Campo/SP. Esse é o método ambientalmente mais correto e aquele que produz o hidrogênio com maior grau de pureza para aplicação em células a combustível – ao redor de 99,997% -, o que definiu sua escolha no âmbito do Projeto. A operação da estação se deu também de forma satisfatória, produzindo até 6 kg de hidrogênio / hora, o suficiente para abastecer os três veículos numa operação diária normal no Corredor ABD, atendendo aos requisitos operacionais de projeto.

Para continuidade do projeto Ônibus a Hidrogênio, a EMTU/SP está prospectando novas parcerias que possam viabilizar a continuidade operacional da estação de produção de combustível e dos ônibus. Essa tecnologia de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes (material particulado e gases de efeito estufa). Somente vapor d’água é eliminado pelo escapamento dos ônibus.

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