Da Redação – A cirurgia ortopédica é bastante conhecida por sua dor pós-operatória. Muitas pessoas, mesmo antes de operar, já questionam seus médicos. Normalmente, já ouviram de outras pessoas que a recuperação desse tipo de intervenção cirúrgica é muito dolorida. Em alguns casos, isso acaba influenciando muito na decisão do paciente fazer ou não a cirurgia.
No Ifor, hospital especializado em ortopedia em São Bernardo do Campo (SP), pertencente à Rede D’Or São Luiz, maior operadora de hospitais privados do país, o hospital considera a dor como um quinto sinal vital a ser checado para ajudar na recuperação e diminuir o sofrimento pós-operatório do paciente. Esta medida faz parte do novo protocolo de dor, implantado em 2014.
“A dor é pensada antes mesmo do início da cirurgia, acelerando a melhora do paciente após o procedimento. Isso é passado de um médico para outro, uma forma de educação continuada do hospital”, explica o vice-diretor clínico e coordenador da equipe de anestesia do Ifor, dr. Augusto Rafael Barsella.
Todos os dias, após avaliar temperatura, pressão arterial e frequências cardíaca e respiratória, a equipe de enfermagem executa o protocolo de escala numérica dos níveis de dor, com a ajuda de uma régua que é apresentada ao paciente, com níveis que podem variar de: ausente, leve, moderada ou intensa. Com base nas informações coletadas pelos enfermeiros, os médicos alteram as prescrições e podem aumentar ou diminuir a dosagem ou o tipo de medicamento prescrito.
Além do trabalho feito pelos profissionais multidisciplinares, o paciente também tem um papel importante em sua recuperação e na avaliação da própria dor. A partir de um equipamento chamado PCA, responsável pelo controle da anestesia, ele pode liberar a própria medicação, em quantidade pré-determinada pela equipe médica.
Com informações importantes do trabalho feito pelos profissionais, o ifor realizou uma pesquisa recente com 3,3 mil pacientes, que mostra que de maio a dezembro de 2015, após a adoção do protocolo, pouco mais de 60% dos seus pacientes não apresentaram dor após cirurgias. Outros 29% relataram dor leve. Entre os que apresentaram dor moderada ou intensa, o número chegou a 10%.
Outro levantamento mais recente, de abril de 2016, indica que 97% dos pacientes não tiveram dores ou sentiram dores leves no pós-operatório e apenas 3% dos pacientes relataram dores moderadas ou agudas. Em média, 94% dos casos atendidos no Ifor são cirúrgicos, liderando a lista os de agressão física maior, como próteses de joelho, quadril, ombro, grandes traumas e cirurgia da coluna.
“A forma como a dor é pensada no Ifor impacta diretamente nos resultados obtidos e isso faz com que o bem-estar do paciente seja o objetivo principal do nosso atendimento”, finaliza o médico.
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