Novos tratamentos para cardiopatias apostam em longevidade e bem-estar

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Da Redação – A medicina vem caminhando a passos largos em termos de inovações em técnicas e tratamentos para os mais diferentes tipos de cardiopatias. A preocupação com o tema se confirma a medida em que crescem os números de diagnósticos de doenças do coração. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 23 milhões de pessoas sofrem com as essas enfermidades no mundo. No Brasil, estimasse que 100 mil novos casos são diagnosticados ao ano no país, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Algumas tendências já estão disponíveis no Brasil como é o caso do MitraClip, Stent Absorvível e Cirurgia da Válvula Mitral Minimamente Invasiva. Estes procedimentos corrigem problemas cardíacos sem os riscos das cirurgias tradicionais. De acordo com Dr. José Armando Mangione, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, as três técnicas — que recentemente começaram a ser realizadas na Instituição — se destacam por serem menos agressivas, reduzirem dores e complicações pós-operatórias, além de proporcionarem rápida recuperação e retorno precoce às atividades normais.

Conheça melhor cada técnica, suas características e indicações:

MitraClip – A técnica por clip tem como principal função corrigir as causas mais comuns da insuficiência mitral – doença da valvular do coração – que provoca problemas como insuficiência cardíaca, sopro e em alguns casos ruptura do aparelho de sustentação do coração. “A válvula mitral tem dois folhetos e o espaço entre um e outro é o que causa a insuficiência mitral. O método por clip tem justamente a função de aproximar esses folhetos fazendo com que eles fechem corretamente, permitindo que o coração bombeie de forma eficiente. Essa tecnologia traz qualidade de vida e bem-estar ao paciente que tinha como opção somente medicações”, comenta o Dr. Mangione.

Cirurgia da Válvula Mitral Minimamente Invasiva – A Cirurgia Minimamente Invasiva é um procedimento indicado para patologias da válvula mitral, aórtica, mixoma de átrio esquerdo e comunicação interatrial. A técnica substitui a cirurgia convencional de válvula mitral, trazendo melhora funcional e estética ao paciente, e já é utilizada nos principais serviços dos EUA e Europa em cerca de 70 a 80% dos casos. No Brasil, o método ainda não está muito disseminado. “Essa tratamento é um movimento que tende a crescer a cada dia em nosso país. A ideia da cirurgia é melhorar a qualidade de vida do doente, fazendo com que ele tenha uma recuperação mais rápida, voltando as suas atividades habituais em 3 semanas, com menores complicações e não se submeta a nenhum risco extra, além da cirurgia. Essa técnica diminui o risco de infecções, sangramento, tem menor índice de transfusão sanguínea e menos dor no pós-operatório. A Instituição já realizou o procedimento em 26 doentes e teve sucesso em todos os casos. Além disso, está conseguindo 95% de reparo (conservação da própria valva do paciente) na doença da válvula mitral degenerativa”, explica Marco Antonio Praça Oliveira cirurgião cardiovascular da BPSP e do Hospital São José.

Stent Absorvível – O Stent Absorvível é um procedimento inovador e menos invasivo indicado para pessoas que sofrem da doença arterial coronariana, provocada pelo acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. O método, que utiliza um material absorvível pelo corpo em um período que varia de 2 a 3 anos, desobstrui as artérias e permite a normalização do fluxo sanguíneo ao coração. A técnica, até o momento, é indicada para casos de menor complexidade em que a lesão não está localizada em pontos de fácil acesso das artérias coronárias. “O uso do stent absorvível proporciona uma recuperação mais rápida do paciente e um retorno precoce a suas atividades habituais. A realização do procedimento dura em torno de trinta minutos e em alguns casos o paciente pode ter alta no mesmo dia”, explica Mangione.

Sobre Beneficência Portuguesa de São Paulo – Fundada em 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.beneficencia.org.br) é a maior instituição hospitalar privada da América Latina, contando com aproximadamente 7.500 colaboradores e 3.000 médicos, e com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, além de um corpo clínico formado por renomados especialistas. A instituição é referência no atendimento médico hospitalar em mais de 60 especialidades, como cardiologia, oncologia, neurologia, gastroenterologia, ortopedia, urologia, entre outras. Atualmente, a Beneficência Portuguesa conta com três hospitais que somam mais de 1.200 mil leitos de internação. O Hospital São Joaquim, primeiro pilar da Instituição, realiza atendimento ao Pronto Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Em 2007, foi inaugurado o Hospital São José, que se destaca pelo atendimento oncológico com padrões internacionais, entre outras especialidades. Em 2012, o Hospital Santo Antônio foi criado com o objetivo de oferecer atendimento a pacientes usuários do Sistema Único de Saúde, reforçando a responsabilidade social e carácter beneficente da Associação. Já em 2013, a Instituição criou o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes para ser um dos maiores e mais completos núcleos de tratamento de câncer no país.

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