Novas moradias e obras de urbanização transformam vidas no Silvina/Audi

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Da Redação – O sinalizador de tráfego Daniel dos Santos, 36 anos, é uma das centenas de pessoas que comprovam que em São Bernardo a Prefeitura tem como orientador de suas ações o artigo 6º da Constituição Federal, que determina que os cidadãos, entre outros direitos sociais, devem ter acesso à moradia, saúde e educação. Daniel é um dos 59 moradores beneficiados em julho com moradias do Conjunto Habitacional Duarte Murtinho, no Jardim Silvina/Audi. Desde 2009, a atual Administração já construiu e entregou, no total, 4.911 moradias.

De acordo com Daniel, alguns dos moradores da comunidade chegaram a perder seus barracos e até a própria vida em razão de deslizamentos de terra ocorridos entre meados das décadas de 1990 e 2000. “Em 1994, um deslizamento matou muitas pessoas. A terra foi parar perto da Rodovia Anchieta. Em 2003 aconteceu outro deslizamento. Um amigo perdeu toda a família, a esposa e seis filhos. Ele tinha ido ao Rio de Janeiro a trabalho e, ao chegar, foi pego de surpresa pela tragédia. Foi um período de muita dor e sofrimento.”

O Programa de Redução de Riscos e Ações Emergenciais da Prefeitura, implantado tão logo o prefeito Luiz Marinho assumiu o governo, inclui o monitoramento de áreas de risco, a remoção preventiva de famílias e a execução de obras de contenção de morros.

Somente com obras em andamento e a iniciar são mais 7.727 famílias beneficiadas. Ao todo, foram eliminados, desde 2009, 104 setores de risco dentre os 203 identificados pelo Plano Municipal de Redução de Riscos, de 2010, seja por remoção preventiva das famílias ou por execução de obras.

Cadastrado em 2010 no Programa Municipal de Habitação, Daniel está entre as dezenas de pessoas removidas pela Prefeitura de áreas de risco e que hoje habitam o Duarte Murtinho (construído com recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento) e também as outras 560 unidades entregues no início do ano, no mesmo bairro, nos condomínios Embaúbas (Residencial Ponto Alto) e Manacás, ambos construídos por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Daniel relembra o drama vivido por ele, a esposa, Vanessa, e os quatro filhos (Luiz, 14, Kamile, 10, Ketlen, 5 e Ester, 4). “Antes, não tínhamos endereço. Não tinha rua nem viela para chegar em casa, no alto do morro. Precisava subir segurando na cerca dos vizinhos. Se ia no mercado fazer compras, não queriam vir com a kombi entregar, porque tinham medo de ser roubados no bairro. Hoje temos endereço, o bairro está urbanizado, tem ruas, vielas e asfalto.” Retirado há cerca de dois anos da área de risco, ele alugou um cômodo no próprio Silvina com os recursos recebidos do Programa Renda Abrigo, o aluguel social da Prefeitura.

Segundo Daniel dos Santos, no início os próprios moradores que residiam na favela removida para a construção do conjunto habitacional foram contrários ao empreendimento. “Não queriam sair porque temiam que ocorresse como em outras gestões, que prometiam construir moradias e não cumpriam. O atual prefeito (Luiz Marinho) não prometeu, mas veio conversar com a comunidade e disse que ia se esforçar para atender nossas necessidades. Olhando para o que sofremos no passado, hoje vivemos no paraíso.”

Para Vanessa, 31 anos, esposa de Daniel, a vida da família “mudou para melhor” com a ida para o novo lar. “Antes só havia uma escola no bairro, a Emeb Professor Nilo Campo Gomes. O atual governo construiu e já entregou (no primeiro semestre deste ano) um CEU (Centro Educacional Unificado) e uma creche. Está uma maravilha, agora podemos garantir a educação dos nossos filhos desde os primeiros meses de vida, temos ônibus na porta de casa, pavimentação e iluminação nas ruas.”

O CEU tem capacidade para receber 1,3 mil alunos. Já a creche possui 15 salas e atende 281 crianças de seis meses a três anos de idade em período integral, das 7h30 às 17h30.

Fim do pesadelo – Contemplada com um apartamento no Condomínio Manacás, a aposentada Lindaura Souza Lopes, 63 anos, revela que não tinha esperanças de um dia deixar o barraco que morou com um casal de filhos no final da Avenida Padre Léo Comissari. “Em períodos de chuva, o medo era que o morro deslizasse em cima do barraco. Quando disseram que iam nos tirar de lá, nem acreditamos. Foi uma benção. Hoje podemos viver em segurança.”

De acordo com a dona de casa, o medo não era só dos soterramentos. “O risco era pegar doenças também, porque todo o esgoto da parte alta corria na porta do barraco. E quando faltava luz era um desespero. A ligação era toda clandestina. Às vezes ficávamos vários dias sem energia elétrica e perdíamos os alimentos que estavam na geladeira. Hoje dou graças a Deus de ter energia regularizada e pagar por isso. Traz mais segurança e conforto.” Alguns dos apartamentos entregues têm dois ou três dormitórios, sala, cozinha, banheiro e lavanderia.

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