Ordinariamente nos fingimos distraídos quando não nos convém parecer atentos… Marquês de Maricá.
* Hildebrando Pafundi – Na próxima quarta-feira (14), será realizada, em São Caetano, celebração comemorativa aos 200 anos da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (CSS). Às 10h haverá missa solene na Matriz Sagrada Família, (Praça Cardeal Arcoverde, Centro de São Caetano do Sul), com a presença de cerca de 30 sacerdotes e do bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Cipollini.
A missa em São Caetano será celebrada no dia da Exaltação da Santa Cruz e marca o encerramento provincial das comemorações dos 200 anos de fundação dos estigmatinos.
A congregação estigmatina foi fundada em 4 de novembro de 1816, em Verona (Itália), por São Gaspar Bertoni. Na época em que viveu São Gaspar Bertoni, entre final do século 18 e meados do século 19, Verona era palco de constantes conflitos entre os exércitos francês, de Napoleão, e austríaco, que disputavam a posse da cidade.
Desde os tempos do seminário, São Gaspar trabalhou no auxílio aos feridos de guerra e instrução da juventude. Fundou Oratórios Marianos, nos quais reunia os jovens para orar e meditar a Palavra de Deus. Já sacerdote, São Gaspar empreendeu esforços para fundar uma escola para jovens pobres. No dia 4 de novembro de 1816 a escola foi aberta num prédio anexo à Igreja dos Estigmas, dedicada às chagas de São Francisco de Assis.
Junto com a escola, São Gaspar fundou a Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por sua grande devoção a Nossa Senhora e São José, escolheu os santos esposos como patronos da congregação.
Hoje, os religiosos estigmatinos estão presentes em 16 países. No Brasil, onde chegaram em 1910, os estigmatinos estão organizados em duas províncias: Santa Cruz e São José. As comemorações do Jubileu Estigmatino tiveram início em 4 de novembro de 2015 na Paróquia Santa Cruz, em Rio Claro, e devem terminar com uma grande celebração no próximo dia 4 de novembro, em Verona.
- Mural Grafitado – A partir deste mês, quem passar pela Avenida Doutor José Artur da Nova, em São Miguel Paulista, poderá ver de perto 228 painéis temáticos, expostos em um quilômetro de extensão no muro da Companhia Nitro Química Brasileira. O trabalho foi realizado em tempo recorde de um mês e meio por mais de 30 profissionais, envolvendo ativistas culturais, 25 grafiteiros, educadores e historiadores. De acordo com o Ativista Cultural Valdemir Lima, o objetivo é homenagear o bairro, prestes a comemorar 394 anos. “Era uma boa oportunidade de contar, ainda, um pouco da história do Brasil e da cidade de São Paulo”, comenta Lima. A idealizadora do Projeto GrafitArte é a ONG Message Soul, que conta com o apoio da Lei Rouanet de incentivo à cultura, patrocínio da Nitro Química, Votorantim Metais, Lions Clube, Rotary Clube, Maçonaria, Colônias Japonesa, Árabe e Portuguesa e da Agência Fiquem Sabendo de Comunicação.
- Recorde mundial? – Dentro de algumas semanas, São Miguel Paulista poderá entrar para a história novamente. Desta vez, pela criação do “maior mural temático a céu aberto do mundo”, segundo pesquisas realizadas pelo Projeto GrafitArte ao livro anual do Guinness World Records, o “Livro dos Recordes”. “Fizemos o cadastro do projeto no site do Guinness Book e nos informaram que nesta categoria não há registro. Fomos orientados a documentar tudo para que devidamente fosse incluído no livro de recordes”, comemora Lima. Além desta possibilidade, já existe propostas para que o mural grafitado entre para o calendário cultural oficial da cidade de São Paulo. Os painéis estão disponíveis para visitação na Avenida Doutor José Artur da Nova, no Distrito Jardim Helena – São Miguel Paulista, Zona Leste da capital paulista. Para mais informações, acesse: facebook.com/projetografitarte ou Instagram @projetografitarte.
- Pinturas chamam a atenção – Os efeitos de luzes e sombras surpreendem o público visitante e foram produzidos pelo grafiteiro Cristiano Ignoto. Portugueses, japoneses, árabes e migrantes nordestinos estão retratados de forma realista nas pinturas, que tem recebido a visita de estudantes e grupos de moradores da região. O peso da história – O retrato do conflito entre os colonizadores e os indígenas, frente à frente, são algumas das imagens impactantes. É possível encontrar entre os grafites algumas ilustrações da Capela de São Miguel, bem conservada no Centro do bairro e que já foi retratada por diversas vezes em selo postais; e até imagens do Rio Tietê, antes da degradação com a poluição. O futebol, Carnaval local e homenagens aos agentes que ainda formam o bairro também estão retratados no muro. Até a próxima!
* Hildebrando Pafundi é escritor, jornalista, contista e cronista. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, da União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e outras entidades. Tem quatro livros publicados. Contatos com o autor e colunista pelo e-mail hpafundi@ig.com.br |
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