* Osmar Junqueira Lima – Vamos falar hoje dos erros desta semana, na televisão, rádio e nas redes sociais. Tenho notado que alguns pré-candidatos têm usado muito o verbo ‘acreditar’.
Vamos ao emprego correto do verbo acreditar, trata-se de verbo transitivo indireto que exige a preposição ‘em’ e suas combinações. Exemplo: Acredito em Deus, acreditamos nas suas ações, o candidato acredita na vitória.
Os candidatos escrevem em suas mensagens: ‘Eu acredito’. Aí acontece o erro, o candidato deveria dizer em que acredita, mas isso não ocorre, fica a construção vazia, sem o complemento verbal. Acontece então a incoerência ‘Eu acredito: Pizza, jantar’, acredito usado sem nenhuma ligação com o que acredita o pré-candidato.
Um apresentador falando da prefeitura de determinada cidade, disse ‘a prefeitura municipal’, ora, não há prefeitura estadual, nem federal, portanto, ao referir-se à prefeitura, não precisava dizer municipal, isso é redundante, é pleonasmo.
Um comentarista de uma rede de televisão, referindo-se ao quadro de medalha que o Brasil deve conquistar, disse ‘tenho absoluta certeza’, não existe certeza relativa, certeza só pode ser absoluta, trata-se de redundância, de pleonasmo.
Outro disse que os atletas estão prontos, ‘falta apenas um pequeno detalhe’. Ora, detalhe é naturalmente pequeno, dispensa-se o pequeno na frase.
Até a próxima!
* Osmar Junqueira Lima é professor de Português (Literatura e Letras Modernas), ex-coordenador do Curso Objetivo e um dos fundadores da Unidade de Santo André do Objetivo e editorialista do site CliqueABC. Contato com o colunista pelo e-mail professor.osmar.junqueira@gmail.com
Nenhum comentário on "Candidatos: cuidado com as escorregadas gramaticais! Elas tiram voto…"