Da Redação – A saltadora Fabiana Murer e a corredora Juliana Gomes dos Santos foram premiadas na sexta-feira (11) pelo Clube de Atletismo BM&FBOVESPA pelos excelentes resultados conquistados na temporada. Fabiana, que ganhou a medalha de prata no Pan de Toronto e no Mundial de Pequim no salto com vara, e Juliana, campeã pan-americana nos 5.000 metros, receberam uma barra de ouro de 300 gramas como reconhecimento pelos resultados.
“Sinto uma emoção especial em premiar essas duas atletas, pois elas simbolizam o espírito de luta e dedicação do nosso Clube”, afirmou Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBOVESPA, que entregou o prêmio a Fabiana – Sérgio Coutinho Nogueira, diretor técnico do Clube, premiou Juliana. “Para a BM&FBOVESPA, é um orgulho e uma honra investir há mais de uma década no atletismo brasileiro, parte indispensável do nosso compromisso com o desenvolvimento do Brasil. Às vésperas de uma Olimpíada em nosso país, esse compromisso se transforma em inspiração, um combustível a mais que nos impulsiona e guia.”
Após a premiação, as atletas conversaram com os jornalistas e já falaram sobre a próxima temporada, que terá como ponto alto a disputa dos Jogos Olímpicos Rio 2016, em agosto. Para Fabiana, o ano de 2015 se encerrou nesta semana – na terça (8), ela disputou e venceu o IAAF World Challenge em Zagreb, na Croácia, terminando a temporada como vice-líder do ranking mundial (com 4,85 m, recorde sul-americano) e top 10 do mundo pelo 10º ano consecutivo. Já Juliana, que retomou os treinos após o Pan, terá um último compromisso em outubro, quando disputará os Jogos Mundiais Militares na Coreia do Sul.
Fabiana já tem índice para disputar a terceira Olimpíada da carreira – garantiu a marca logo na primeira competição da temporada ao ar livre, o Troféu Brasil, em São Bernardo do Campo, ao vencer o torneio com 4,65 m (o índice é de 4,50 m). Ansiosa para curtir as merecidas férias, a saltadora voltará aos treinos em meados de outubro.
“Vou manter o que tenho feito todos esses anos. No meio de outubro volto a treinar e assim fico até o fim de janeiro. Em fevereiro, começo a temporada indoor – devo competir na Europa e o Mundial de Portland, nos EUA. Aí volto para o Brasil para treinar para a temporada em pista aberta. Vou fazer competições lá fora, mas ainda não saiu o calendário.”
Fabiana ainda lembrou que 2016 marcará seu último ano da carreira. Mas, apesar de ter fixado a aposentadoria, prefere não pensar muito nisso: o foco é a preparação para o Rio. “Acho que a Olimpíada no Brasil foi um ponto importante para me manter motivada, porque até tinha pensado em parar antes. Às vezes bate uma tristeza, em pensar que (a carreira)está acabando. Mas eu sempre quis parar no topo, não em decadência. Mas agora só penso na Olimpíada, e quero aproveitar cada momento de cada competição.”
Pelo índice olímpico – Juliana ainda não tem índice para os Jogos do Rio, o que afirma não ser um problema. Para ela, ainda é preciso encerrar 2015 para, assim, fazer o planejamento que visará à classificação para sua primeira Olimpíada. “Isso não me atrapalha. Claro que já queria ter índice, e sei que sou capaz disso, tenho um treinador, o Adauto Domingues, que é capaz de me levar ao índice. Mas vou esperar terminar a temporada para saber em qual prova focar. Não me preocupo, não. Mas tenho de conquistar o índice para começar a vivenciar a Olimpíada”.
Por enquanto, Juliana vai se dividir entre os 1.500 metros, prova em que foi campeã no Pan do Rio, em 2007, e os 5.000 metros, distância em que, praticamente novata, já foi campeã pan-americana. “E eu tenho um torcedor forte pelos 3.000 metros com obstáculos”, brincou a corredora, fazendo referência ao técnico Adauto, que corria a prova e conquistou dois títulos do Pan. “Estou feliz por ter opções, isso me favorece.”
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