Editorial – Quem serve quem?

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Ninguém nega ou desconhece a evolução da humanidade em todos os campos do conhecimento. A humanidade vive uma evolução constante, com erros e acertos, buscando caminhos alternativos que minimizam a existência do ser humano.

Na medicina, na biologia, na geografia, nas artes, são imensos os avanços da humanidade, nas descobertas provenientes de tantas pesquisas, na física, na química, na descoberta de materiais novos, mais leves, mais resistentes, tudo para proporcionar ao homem mais conforto, mais tempo para desfrutar a própria vida.

Na tecnologia, eletrônica, eletroeletrônica, os avanços são imensos, nas comunicações, falamos em fibra óptica, transmissões de imagem via satélite, instantaneamente, de qualquer parte do globo terrestre, ou fora dele, fala-se da nanociência, mas o que influenciou o ser humano, determinou mudanças de comportamento de maneira acentuada, foram os aparelhos modernos de comunicação.

Nos anos 60 do século XX, telefone fixo era artigo de luxo, poucos tinham acesso ao tão sonhado objeto, nos anos 90 do século XX, o telefone móvel começa a ocupar espaço na vida do homem moderno, a internet já vinha num desenvolvimento forte desde os anos 60 do século XX e, aos poucos, o homem foi se acostumando com as novidades tecnológicas, de tal maneira que a criatura passou a dominar o criador.

Encontramos, hoje, uma sociedade alienada de tudo e de todos, dominada, teleguiada, seres humanos como fantoches, autômatos guiados por uma parafernália de aparelhos ligados por todos os lados, andando, como bois na canga, sem reflexão, sem saber se existe cérebro, como bem disse o grande escritor Eça de Queirós em sua última obra “A Cidade e as Serras”, como “carneiros balindo cheirando o chão”.

Pessoas com tanta tecnologia a sua disposição, tornam-se escravas da grande evolução do homem. Tudo que é criado pelo homem é para a evolução do próprio homem, mas quando o homem deixa de fazer juízo de valor e se torna escravo da própria invenção é sinal de que a criatura está dominando o criador, e, aí, o homem começa a perder a sua essência e, o pior, começa a arrumar desculpas para seus fracassos.

Faça uso de todos os recursos da tecnologia, porém, não perca sua identidade, não se torne escravo daquilo que foi criado para libertar o homem.

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