* Maristela Prado – Seria bem melhor que a humanidade fosse mais correta nos seus atos, sem que necessitasse da fiscalização de outros, porque nosso comportamento independe de classe social ou aparência. Nossa consciência é nosso cartão de visita, entrar e sair onde quer que seja sem a preocupação dos seus atos.
Mas não é bem assim. Principalmente nos dias atuais, nos deparamos com pessoas completamente desorientadas, estressadas, com capacidade para atos cada vez mais abusivos.
A humanidade perdeu a consciência do certo e do errado, tudo pode ser feito ou falado, sem a menor preocupação de que isso ou aquilo possa atingir alguém friamente. Nem mesmo as câmeras são capazes de impedir essas atitudes desconectas. Nada é capaz de deter a pretensão de alguém.
Sorria, você não está sendo filmado, entre, seja bem-vindo, olhe os produtos, admire o que quiser, satisfaça os seus mais profundos desejos, não se preocupe, ninguém está te olhando, confiamos plenamente em você, caro consumidor.
Pois é, poderia ser assim, mas não é. As câmeras hoje pegam todos os tipos de abordagens, desde assaltos até situações bem embaraçosas. O google que o diga.
É certo que esse tipo de fiscalização não é o mais correto, mas em tempos onde o voyeurismo é a principal arma contra situações indesejáveis, tivemos que aprender a conviver com isso. Talvez fosse desnecessário se a humanidade tivesse evoluído não só para a tecnologia e a modernidade de determinadas posturas, mas também, para o comportamento humano. Esse, sem dúvida, não evolui, parece até que esqueceram o homo sapiens dentro de cada um de nós..
* Maristela Prado é Bacharel em Letras e revisora de textos, casada e mãe dois filhos adultos. Leia mais no blog da colunista
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