Salto com vara feminino cresce inspirado nas conquistas de Fabiana Murer

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Da Redação – A vice-campeã mundial Fabiana Murer e Karla Rosa, sua companheira de treinos no Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, não tiveram dificuldades para garantir presença na final do salto com vara do XXXV Troféu Brasil Caixa, que será disputada no domingo (3), às 10h05, na Arena Caixa. Mas o que chamou a atenção foi a realização de uma qualificatória, com 25 atletas inscritas – Fabiana e Karla se classificaram com 3,63 m.

“Eu disputei meu primeiro Troféu Brasil em 1998 e nunca teve uma qualificatória”, disse Fabiana Murer. “O índice (para entrar na prova) diminuiu em relação ao ano passado, no feminino e no masculino. Mas, no masculino, não teve essa quantidade de atletas. Então, tem mais meninas fazendo salto com vara, e acho que também por causa dos meus resultados. É legal ter estimulado as meninas a fazer a prova. Espero que saiam boas atletas para continuar o que eu fiz”.

Das 25 inscritas, 17 atletas têm 20 anos ou menos. “É muito legal para elas vir fazer a qualificação com a Fabiana, que é um modelo. É uma grande oportunidade”, disse o técnico Elson Miranda. “Mas o nível técnico também precisa subir.” Fabiana entrou na pista de tênis (não usou sapatilha) e fez uma corrida de dez passadas – em sua marca normal de corrida, utiliza 18 passadas. “Sabia que era um salto bem tranquilo, por isso eu usei tênis. Fiz dois saltos porque no primeiro a minha mão grudou na vara, aí tive que fazer mais um. Foi um aquecimento para amanhã.”

Entre as jovens atletas na prova, quatro entraram no Troféu Brasil para defender o Instituto Elisângela Maria Adriano (IEMA), núcleo de categorias de base do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA sediado em São Caetano do Sul. Nicole Barbosa, de 17 anos; Ana Carolina Dias, de 18 anos; Ayla Sakamoto Silva, de 19 anos; e Juliana de Menis Campos, de 19 anos, treinam no mesmo local que Fabiana Murer. Deste grupo de novatas, Ayla e Juliana – também treinadas por Elson Miranda e que vieram da ginástica artística para o salto com vara – foram à final com 3,53 m.

“Esse é o meu primeiro Troféu, e minha primeira qualificação. Estou bem contente de poder participar. É uma pressão ter de passar a primeira altura”, disse Ayla. “Eu já estive no Troféu, mas não precisei disputar a qualificação antes. É meio estranho, a gente sabe que tem condição de passar, mas fica nervosa”, acrescentou Juliana.

Ouro no decatlo – Luiz Alberto de Araújo foi novamente campeão do Troféu Brasil no decatlo, a disputa de dez provas em dois dias. Qualificado para a disputa do Rio (com o resultado obtido nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015), ele conquistou o ouro com 8.070 pontos, muito perto de fazer novamente a marca mínima para a disputa olímpica, que é de 8.100 pontos.

Esse foi o primeiro decatlo forte de Luiz desde Toronto. “Quase fiz índice, e ainda errando muito o salto com vara, a gente perdeu nessa prova mais de uns 100 pontos, poderia ter saltado melhor. Tem coisa para trabalhar e melhorar. A gente descansa uma semana, e treina quatro semanas direto. Fico treinando em São Caetano do Sul e viajo para o Rio só para competir.”

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